03 jan, 2023 - 19:35 • Lusa
O Exército vai instalar uma ponte militar na albufeira de Montargil, em Ponte de Sor (distrito de Portalegre), para garantir o acesso à aldeia de Foros do Mocho, após danos num pontão provocados pelo mau tempo.
A montagem da ponte militar arranca quarta-feira com o objetivo de “garantir a circulação durante a intervenção no troço de estrada em risco de colapso, sendo previsível que a mesma esteja em serviço por um período de um mês”, informou o gabinete do chefe do Estado-Maior do Exército, general José Nunes da Fonseca.
Em comunicado, o Exército disse que se trata de “uma ponte militar BAILEY M2, com um comprimento total de 18 metros, acrescido de rampas de acesso, e de classe 40 toneladas, sobre um afluente da albufeira de Montargil”.
A operação de montagem da ponte militar, “com duração prevista de três dias”, será assegurada através do Regimento de Engenharia N.º 1, com o “empenhamento direto de um efetivo de 17 militares, sete viaturas e dois equipamentos de engenharia”, indicou o Exército.
“Este apoio surge no seguimento de um protocolo estabelecido entre o Exército e a Câmara Municipal de Ponte de Sor”, referiu o gabinete do general José Nunes da Fonseca, reforçando que a ponte militar pretende beneficiar as condições de vida e bem-estar das populações deste concelho do distrito de Portalegre.
Em 13 de dezembro, o acesso rodoviário à aldeia de Foros do Mocho, em Montargil, no concelho de Ponte de Sor, ficou limitado a deslocações indispensáveis, devido a danos num pontão provocados pelo mau tempo.
Segundo o presidente da autarquia, a Proteção Civi(...)
Em declarações à agência Lusa, o presidente da Câmara Municipal de Ponte de Sor, Hugo Hilário (PS), indicou que este pontão se situa no troço rodoviário que faz a ligação da Estrada Nacional 2 (EN2) à localidade de Foros do Mocho, na freguesia de Montargil.
A aldeia de Foros do Mocho tem “cerca de 100 habitantes” e o pontão em avaliação está sobre as águas da barragem de Montargil, no “final de um dos braços” da albufeira, acrescentou o autarca.
Uma semana depois, em 19 de dezembro, Hugo Hilário disse que o acesso rodoviário à aldeia de Foros do Mocho seria restabelecido com um caminho alternativo, indicando que estava em curso a “preparação das vias” e que os trabalhos deveriam ficar concluídos dentro de “uma semana ou uma semana e meia”.
“Pedimos ajuda à Engenharia Militar do Exército e, em conjunto com os nossos serviços técnicos e da Proteção Civil, foi definida uma solução para termos um acesso alternativo o mais rapidamente possível,”, adiantou.
Segundo o autarca alentejano, a solução consiste na colocação de manilhas numa zona do leito de um dos braços da barragem de Montargil e construção do novo caminho, o qual terá uma extensão de cerca de cinco quilómetros.
Desde os danos provocados pelo mau tempo, em 13 de dezembro, o acesso rodoviário à aldeia está limitado, já que apenas pode ser feito através de caminhos vicinais, pois o pontão da estrada principal está interditado a viaturas e só é permitido o atravessamento pedonal.
Apesar dessa situação, o presidente da Câmara de Ponte de Sor recusou que os cerca de 100 habitantes de Foros do Mocho estejam isolados, sublinhando que há caminhos vicinais que agora, devido à chuva, apenas estão transitáveis para “viaturas 4x4”.