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Greves constantes na TAP são "ameaça grande" para o Turismo

09 jan, 2023 - 23:00 • João Malheiro

O presidente da Entidade Regional do Turismo do Centro de Portugal acredita que a TAP "não suporta mais crises artificiais, por força de um desentendimento" e que a greve "atinge a credibilidade do país no que toca à imagem internacional".

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Pedro Machado, presidente da Entidade Regional de Turismo do Centro, sobre a greve na TAP
Pedro Machado, presidente da Entidade Regional de Turismo do Centro, sobre a greve na TAP

O presidente da Entidade Regional do Turismo do Centro de Portugal, Pedro Machado, considera que o risco de greves constantes na TAP é uma "ameaça grande" para o setor.

Em declarações à Renascença, Pedro Machado diz ver com "manifesta preocupação" o novo anúncio de sete dias de paralisação, entre 25 e 31 de janeiro, dos tripulantes de cabine da TAP.

"Independentemente das causas que estejam por trás desta greve, estamos num período de tentativa de recuperação dos fluxos internacionais e estamos preocupados com a consolidação das pontes aéreas que a TAP serve, em mercados críticos, como, por exemplo, o Brasil", refere Pedro Machado.

O representante do setor do Turismo realça os cenários difíceis no mercado, como a segurança internacional, por causa da guerra na Ucrânia, o surto de Covid-19 na China e os custos da inflação.

Neste cenário, "a principal porta de entrada em Portugal", os aeroportos, estarem condicionados, "prejudica o todo nacional", alerta.

Pedro Machado acredita que a TAP "não suporta mais crises artificiais, por força de um desentendimento", e que a greve "atinge a credibilidade do país no que toca à imagem internacional".

É importante para Portugal que a companhia aérea resolva este problema o quanto antes, apela.

"Dificilmente, a TAP receberá mais uma injeção de capital do Estado. E o Governo terá, de uma vez por todas, equacionar a possibilidade de um grupo económico dar a mão à empresa", concluiu, ainda.

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