11 jan, 2023 - 11:26 • Tomás Anjinho Chagas , Olímpia Mairos
O vice-presidente da bancada do PSD Joaquim Pinto Moreira garante que vai colaborar com a Justiça. O ex-presidente da Câmara de Espinho é um dos suspeitos por corrupção da Operação Vórtex, investigação que recai sobre o período em que foi autarca em Espinho.
Esta manhã, na Assembleia da República, o deputado social-democrata sublinhou o que já tinha dito em comunicado.
“Tenho todo o respeito e consideração pelo vosso trabalho, que é muito meritório, mas como sabem, eu já ontem fiz declarações, através de um comunicado, e remeto-vos, naturalmente, para esse mesmo comunicado, que é absolutamente claro”, disse aos jornalistas. Fico naturalmente a aguardar com toda a serenidade os desenvolvimentos da Justiça com o qual colaborarei, se naturalmente for chamado”
Joaquim Pinto Moreira revela que, para já, ainda não sabe se vai ver a imunidade parlamentar levantada, mas assegura toda a disponibilidade para colaborar com a Justiça.
“Fico naturalmente a aguardar, com toda a serenidade, os desenvolvimentos da Justiça com o qual colaborarei, se naturalmente for chamado”, rematou.
O deputado do PSD garantiu que não se sente diminuído politicamente, mas assegurou que retirará consequências políticas dependendo dos "termos" de uma eventual constituição como arguido no âmbito da Operação 'Vortex'.
"Em momento algum prejudicarei o meu partido ou o presidente do meu partido ou o presidente do grupo parlamentar, porque são pessoas absolutamente estranhas a este processo", afirmou, assegurando que está de "consciência absolutamente tranquila".
Em declarações aos jornalistas na Assembleia da República, o ex-presidente da Câmara Municipal de Espinho entre 2009 e 2021, Pinto Moreira disse já ter falado com o presidente do PSD, Luís Montenegro, a quem informou das consequências que tirará caso o processo tenha desenvolvimentos.
O Ministério Público já fez saber que vai pedir o levantamento da imunidade parlamentar de Joaquim Pinto Moreira, o vice-presidente da bancada do PSD e antigo autarca de Espinho entre 2009 e 2017.
A diligência faz parte da Operação Vórtex, que levou à detenção de Miguel Reis – o atual presidente da Câmara de Espinho. Dessa atividade resultou a detenção de cinco pessoas. Todos os detidos estão indiciados pela prática dos crimes de corrupção ativa e passiva, prevaricação, abuso de poderes e tráfico de influências.
O vice-presidente da bancada do PSD confirmou, terça-feira, em comunicado, ter sido alvo de buscas no âmbito da “Operação Vórtex”, afirmando estar a ser vítima de “desinformação tendenciosa”.
Para além de vice-presidente da bancada do PSD, Joaquim Pinto Moreira preside atualmente à comissão de revisão constitucional.
Segundo a PJ, “a investigação versa sobre projetos imobiliários e respetivo licenciamento”, todos eles “respeitantes a edifícios multifamiliares e unidades hoteleiras” envolvendo “interesses urbanísticos de dezenas de milhões de euros, tramitados em benefício de determinados operadores económicos”.