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Confap questiona legalidade da greve de professores e pede “serviços mínimos”

12 jan, 2023 - 07:56 • André Rodrigues

A presidente da Confederação Nacional das Associações de Pais alerta que, para além dos impactos nas aprendizagens, a sucessão de greves está a trazer constrangimentos sérios à vida laboral dos pais.

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A Confederação Nacional das Associações de Pais (Confap) questiona a legalidade das greves dos professores, que têm paralisado escolas por todo o país, deixando milhares de alunos sem aulas, por tempo indeterminado.

“Será que é legal fazer greve às 11h00 e colocar os miúdos na rua sozinhos, sem autorizações, sem que os pais tenham chegado?”, questiona a presidente da Confap, Mariana Carvalho, em declarações à Renascença.

A dirigente associativa diz ter conhecimento de relatos de “crianças colocadas dos portões para fora ou de crianças que não vão almoçar na escola, mas ficam retidas no interior das escolas com os pais do lado de fora”.

A presidente da Confap alerta que, para além dos impactos nas aprendizagens, esta sucessão de greves está a trazer constrangimentos sérios à vida laboral dos pais.

Nesse sentido, a dirigente reclama “serviços mínimos”, numa lógica de “escolas abertas”, para que os alunos possam permanecer nos estabelecimentos de ensino, enquanto os pais trabalham.

Por outro lado, Mariana Carvalho pede que “quando há efetivamente o encerramento de uma escola, que as faltas dos pais sejam justificadas”.

A presidente da Confap lembra que “uma hora de greve de um professor por semana é o equivalente a cinco faltas injustificadas para os pais ou encarregados de educação. É o equivalente ao número de faltas com que uma entidade empregadora pode desencadear um processo de despedimento por justa causa”.

A situação “cria desespero e revolta e nós não queremos que isso aconteça, não queremos pais revoltados com as escolas, nem com os professores”.

O Sindicato de Tod@s @s Profissionais da Educação (STOP) iniciou a 9 de dezembro uma greve por tempo indeterminado, enquanto o Sindicato Independente de Professores e Educadores (SIPE) está a fazer greve aos primeiros tempos.

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  • Anti-Confap
    12 jan, 2023 Cá no pedaço 14:51
    Vocês só querem mesmo é um poiso, onde despejar os miúdos, mais nada ...
  • Petervlg
    12 jan, 2023 Trofa 12:14
    A confap é uma vergonha, para todos os pais Em vez de lutar por uma escola digna, junta-se a um governo, que destrói a escola publica a olhos visto e com o apoio desta confap. estes da confap, apenas querem "depositar" os seus filhos na escolas e irem as suas vidas...
  • Sindicato
    12 jan, 2023 Meio Sindical 10:40
    Sò quem é novo nestas andanças é que acha tudo isto uma novidade, mas são estratégias antigas. A CONFAP lança um comunicado que abre a porta ao Ministério da Educação para confirmar a legalidade da greve, a DGEstE emite umas orientações para a Greve e que nada esclarece, e por fim o Ministério assume o pedido do parecer sobre a legalidade da greve. Um guião anti-greve que já se viu noutras ocasiões. Esta Greve não-fofinha, está mesmo a fazer mossa.
  • Azarekos
    12 jan, 2023 Cá 08:17
    A correia de Transmissão do PS vulgo Confap já começou a movimentar-se. Só admira o tempo que levou a sair da letargia. E o que é que pretende? Uma solução à medida em que os alunos ficam nos ATL, perdão, Escolas, mesmo sem professores nem aulas e de barriguinha cheia, até os pais sairem do trabalho. Aulas? Que interessa isso? Interessa é ter onde despejar as "nossas crianças". Está é sem sorte nenhuma: os Tribunais já se pronunciaram em greves anteriores pela não existência de Serviços minimos na Educação. Azar, PS!

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