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Operação Vórtex

Ministério Público pede prisão preventiva para Miguel Reis

13 jan, 2023 - 12:42 • Redação com Lusa

Também é pedida prisão preventiva para o construtor Francisco Pessegueiro, outro dos arguidos na operação Vórtex.

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O Ministério Público (MP) pediu esta sexta-feira que Miguel Reis, ex-autarca de Espinho, e o construtor Francisco Pessegueiro, ambos arguidos na Operação Vórtex, fiquem em prisão preventiva. A informação foi avança à Lusa por um dos advogados no processo.

Segundo a mesma fonte, para os restantes três detidos "não foi pedida nenhuma medida de coação especial", pelo que vão ser libertados esta tarde.
As medidas de coação a aplicar ao ex-autarca Miguel Reis e aquele empresário vão, segundo a mesma fonte, ser anunciadas no sábado, às 12h00.
Miguel Reis, que tinha sido eleito em 2021 pelo PS, anunciou ontem a renúncia ao cargo de presidente de Câmara de Espinho. Francisco Pessegueiro é proprietário da empresa de construção civil Pessegueiro Investments.

Ontem à tarde, Miguel Reis foi ouvido durante quase cinco horas no Tribunal de Instrução Criminal do Porto no âmbito da operação Vórtex, que investiga suspeitas de corrupção ativa e passiva, prevaricação, abuso de poder e tráfico de influências.

Em comunicado, na terça-feira, a Polícia Judiciária explicou que estas cinco pessoas foram detidas na sequência de cerca de duas dezenas de buscas, domiciliárias e não domiciliárias, que visaram os serviços de uma autarquia local, residências de funcionários desta e diversas empresas sediadas nos concelhos de Espinho e Porto.

A operação, denominada de Vórtex, contou com a presença de magistrados do Departamento de Investigação e de Ação Penal (DIAP) Regional Porto, investigadores e peritos financeiros da Diretoria do Norte, bem como de peritos informáticos de várias estruturas daquela polícia.

"A investigação versa sobre projetos imobiliários e respetivo licenciamento, respeitantes a edifícios multifamiliares e unidades hoteleiras, envolvendo interesses urbanísticos de dezenas de milhões de euros, tramitados em benefício de determinados operadores económicos", explicou a PJ.

Na quinta-feira, Miguel Reis revelou renunciar ao seu mandato como presidente da Câmara de Espinho.


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