13 jan, 2023 - 12:42 • Redação com Lusa
O Ministério Público (MP) pediu esta sexta-feira que Miguel Reis, ex-autarca de Espinho, e o construtor Francisco Pessegueiro, ambos arguidos na Operação Vórtex, fiquem em prisão preventiva. A informação foi avança à Lusa por um dos advogados no processo.
Ontem à tarde, Miguel Reis foi ouvido durante quase cinco horas no Tribunal de Instrução Criminal do Porto no âmbito da operação Vórtex, que investiga suspeitas de corrupção ativa e passiva, prevaricação, abuso de poder e tráfico de influências.
Em comunicado, na terça-feira, a Polícia Judiciária explicou que estas cinco pessoas foram detidas na sequência de cerca de duas dezenas de buscas, domiciliárias e não domiciliárias, que visaram os serviços de uma autarquia local, residências de funcionários desta e diversas empresas sediadas nos concelhos de Espinho e Porto.
A operação, denominada de Vórtex, contou com a presença de magistrados do Departamento de Investigação e de Ação Penal (DIAP) Regional Porto, investigadores e peritos financeiros da Diretoria do Norte, bem como de peritos informáticos de várias estruturas daquela polícia.
"A investigação versa sobre projetos imobiliários e respetivo licenciamento, respeitantes a edifícios multifamiliares e unidades hoteleiras, envolvendo interesses urbanísticos de dezenas de milhões de euros, tramitados em benefício de determinados operadores económicos", explicou a PJ.
Na quinta-feira, Miguel Reis revelou renunciar ao seu mandato como presidente da Câmara de Espinho.