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Incêndio no centro de Lisboa deixa 24 desalojados

16 jan, 2023 - 21:57 • Marta Pedreira Mixão com redação

Não há registo de feridos e foram retiradas 24 pessoas - residentes e de alojamento local.

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Foto: Marta Pedreira Mixão/ RR
Foto: Marta Pedreira Mixão/ RR

Já está extinto o incêndio que deflagrou na cobertura de um edifício na Calçada Nova do Colégio, perto do Hospital de São José, em Lisboa. Foram retiradas 24 pessoas - residentes e outras que estavam em alojamento local.

"Estamos na fase de rescaldo, pois rapidamente os nossos meios chegaram ao local", confirmou tenente-coronel dos Sapadores, Tiago Lopes. "Tínhamos informações de algumas explosões que poderão ter sido de equipamento que estava a arder ou então de garrafas de gás", sublinhou.

Segundo informou o tenente-coronel, o fogo mobilizou, pelo menos, 60 operacionais e 20 viaturas - PSP, Regimento de Sapadores Bombeiros, Bombeiros Voluntários do Beato, INEM e ainda a Proteção Civil.

Contudo, explicou, não foi possível "arvorar os veículos escadas devido à própria inclinação do terreno" e por "as vias serem muito estreitas". A dificuldade no acesso, levou a que o combate às chamas fosse feito através de um "ataque direto dentro do edifício" por parte dos operacionais, evitando a propagação do fogo.

Tiago Lopes frisou ainda a importância da rapidez do alerta, referindo que, nestas situações, deve ser "o mais precoce possível" para que possam "fazer o ataque mais rapidamente", sem permitir que o fogo se propague a edifícios contíguos.

Não há feridos a registar, mas, segundo Tiago Lopes, "a cobertura foi toda destruída, logo a chuva entra", por isso, as pessoas não podem regressar às suas habitações.

Carlos Moedas promete realojamento rápido

O presidente da Câmara de Lisboa, Carlos Moedas, deslocou-se ao local, onde agradeceu a rápida e eficaz intervenção dos vários meios - Regimento de Sapadores Bombeiros, Polícia Municipal, INEM e Proteção Civil. O autarca destacou ainda "a resposta coordenada" e "o resgate e 24 pessoas", sem registo de vítimas.

"Foi uma operação que não esperávamos", afirmou, reiterando que se trata de uma "rua muito complicada" e que poderia ter sido "catastrófico para a cidade".

Carlos Moedas assegurou que as pessoas que foram retiradas do edifício vão ser acompanhadas e que "não vão ficar sem teto".

“Estamos a tranquilizar as pessoas. Vão ser alojadas através da Câmara ou da Santa Casa da Misericórdia. Estamos a contactar, estamos a avaliar. As pessoas não vão ficar sem teto e vamos resolver a situação”, disse o autarca.

“Vamos avaliar e vamos ajudar as pessoas. Encontraremos soluções. Não vamos conseguir encontrar soluções de longo prazo esta noite, mas vamos conseguir amanhã [terça-feira] e depois de amanhã”, afirmou.

Segundo o autarca, no edifício encontravam-se residentes e “pessoas que estavam em alojamento local”.

"Foi uma operação que não esperávamos, mas foi uma resposta rápida e coordenada entre os Bombeiros Sapadores, Polícia Municipal e INEM. Foi um grande susto para quem estava ali, é uma rua muito complicada. Chegar aqui com os carros é difícil. Conseguiram controlar o que podia ser catastrófico para a cidade"

A Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC) revela que o alerta foi dado às 20h56.

[notícia atualizada às 23h30]


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