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Greves dos professores vão continuar. Fenprof está insatisfeita

18 jan, 2023 - 14:36 • Redação com Lusa

Ministério da Educação quer reduzir contratados e vai integrar 10 mil docentes este ano.

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A Federação Nacional de Professores garante que a greve dos docentes vai prolongar-se até 8 de Fevereiro. Mário Nogueira diz que a Fenprof está insatisfeita com as propostas enviadas pelo Ministéio da Educação.

Em conferência de imprensa, confirmou que a federação recebeu, durante a manhã, as propostas do Ministério da Educação para as reuniões negociais e que, apesar de ser preciso ainda um "aprofundamento na análise", tendo em vista a reunião de sexta-feira, já é possível avançar que continuam a existir razões "para que a luta se mantenha muito forte".

"Se isto é o que o Ministério da Educação vai levar à mesa das negociações, no dia 20, ao sairmos da reunião, diremos aos professores que, se razões havia para lutar, razões continuam a existir para que a luta se mantenha muito forte", frisou.

O Ministério da Educação enviou as propostas aos sindicatos durante a manhã desta quarta-feira. As reuniões agendadas para hoje e sexta-feira incidem sobre o novo modelo de recrutamento.

Todos os professores contratados com horário completo e 1.095 dias de trabalho deverão ser integrados nos quadros, segundo uma proposta do ministério da Educação que anunciou que vai vincular mais de 10 mil docentes este ano.

Quais as propostas?

O Ministério da Educação quer que todos os professores possam concorrer a uma escola em 2024, e depois só abrirá vagas onde faltem docentes, interrompendo o processo de "deslocalizar professores que estavam felizes" num estabelecimento de ensino.

Além disso, o ministério quer ainda "agilizar e aumentar" os mecanismos que permitem aos professores trocar entre si, por mútuo acordo, de escola.
Também para reduzir os casos de professores que "andam com a casa às costas", o ministério vai hoje propor aos sindicatos a possibilidade de aumentar os Quadros de Zona Pedagógica (QZP), passando das atuais 10 regiões para 63.


18 dias de protesto

A greve de professores por distritos prolonga-se por 18 dias. Começou em Lisboa, depois Aveiro, seguindo-se Beja, Braga, Bragança, Castelo Branco, Coimbra, Évora, Faro, Guarda, Leiria, Portalegre, Santarém, Setúbal, Viana do Castelo, Vila Real, Viseu, terminando no Porto a 08 de fevereiro.

A greve das oito organizações sindicais realiza-se ao mesmo tempo em que decorrem outras duas paralisações: uma greve por tempo indeterminado, convocada pelo Sindicato de Todos os Professores (STOP), que se iniciou em 09 de dezembro e vai manter-se, pelo menos, até ao final do mês, e uma greve parcial ao primeiro tempo de aulas convocada pelo Sindicato Independente de Professores e Educadores (SIPE), que deverá prolongar-se até fevereiro.

No sábado, dezenas de milhares de professores e pessoal não docente saíram à rua para participar num protesto promovido pelo STOP.

As greves começaram no final do ano passado, antes do fim das aulas do primeiro período, e foram retomados no início do segundo período, ou seja, há duas semanas.

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  • Satisfação nula
    18 jan, 2023 Aqui 15:35
    E mesmo que a Fenprof estivesse "satisfeita", o STOP não estaria, e a greve do STOP mantinha-se e com adesão redobrada. Umas medidas são poeira para olhos da Opinião Pública, outras é à falsa fé ir mantendo tudo como está.

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