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FNE rejeita propostas do Governo e admite avançar com greve

24 jan, 2023 - 12:32 • Isabel Pacheco

A Federação Nacional de Educação dá “parecer negativo” às propostas do ministério da Educação que “agravam a instabilidade e precariedade”.

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A Federação Nacional de Educação (FNE) reprova as propostas do Ministério da Educação para a carreira docente e admite avançar com pré-aviso de greve.

A hipótese é avançada, à Renascença, esta terça-feira, pelo secretário-geral da FNE, João Dias da Silva. “Para já, estamos a acompanhar as greves, mas há a possibilidade de avançarmos com um pré aviso de greve”, admitiu.

Em causa, explicou o dirigente da FNE, estão as soluções apresentadas pelo ministério de João Costa que, em alguns casos, agravam “a precariedade e instabilidade” dos professores.

“O ministério não responde às questões essenciais de valorização da carreira e, em termos de concursos, em algumas circunstâncias agrava a instabilidade e a precaridade. Portanto, é um sinal bastante negativo”, frisou.

João Dias da Silva reconhece que o ministério de João Costa “até foi ao encontro das propostas da FNE, mas depois na operacionalização acaba por criar situações novas que aumentam a instabilidade e a precariedade”, lamentou.

Um dos exemplos apontados pela FNE é a criação de 63 quadros de zona pedagógica (qzp) proposta pelo governo que, na prática, diz o dirigente, vai obrigar os docentes a concorreram a uma “geografia ainda maior” .

“Os professores acabam por ter de concorrer a sete quadros de zona pedagógica (qzp), o que, em algumas situações, corresponde a um espaço geográfico ainda maior do que antes”, explicou.

Também as condições necessárias para a vinculação dos docentes merecem a reprovação da FNE. João Dias da Silva considera a proposta “injusta” ao exigir a atribuição de um horário completo ao candidato.

“O que o ministério apresenta é a contabilização de 1905 dias, mas em que o professor tem de ter horário completo no último ano letivo. Isso cria injustiças e situações de ultrapassagem”, explicou João Dias da Silva.

A FNE enviou, esta terça-feira, o seu parecer “negativo” sobre as propostas do ministério de João Costa apresentadas em reunião na semana passada.

Comentários
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  • ex-professor
    24 jan, 2023 5 de Out 17:17
    Augusto Santos Silva o futuro Presidente que nunca o será, já veio dizer de sua justiça, e é mais um a tentar assustar, útil apenas para se saber o que pensa a quadrilha PS. Mas a verdade é que Augusto Santos Silva, não decide serviços mínimos nem a composição deles. Um tribunal arbitral é que decide e além de não poder afastar-se da Lei que existe e que diz textualmente que em Educação, os serviços mínimos estão restritos a serviço de Exames Nacionais e só em certos casos – aliás tomara o Departamento Jurídico do STOP que se afastasse da Lei e fossem parciais ao máximo, pois mais fácil era para recorrer – tudo o que esse tribunal arbitral decidir, é passível de contestação em Tribunal. Uma mera tentativa de assustar, como as pretensas ilegalidades da greve, entre outras ...
  • ex-professor
    24 jan, 2023 5 de Out 16:09
    Mais uma greve fofinha de 1 dia em perspetiva ...

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