26 jan, 2023 - 11:18
Os números são avançados à Renascença pela administração do Hospital Fernando Fonseca, na Amadora: a adesão à greve por parte dos trabalhadores administrativos do hospital Amadora-Sintra é de 6,8% e de 29 por cento entre auxiliares - e que não há impacto relevante nos serviços.
Mas Ana Amaral, do Sindicato dos Trabalhadores em Funções Públicas e Sociais do Sul e Regiões Autónomas, que convocou o protesto, considera que houve forte adesão à paralisação por parte dos trabalhadores desta unidade hospitalar, que serve a população dos concelhos da Amadora e Sintra.
Nos serviços de consultas externas "não houve serviços mínimos decretados e por essa razão, não tinham de ser assegurados".
À porta do hospital, à hora marcada (10 horas), concentraram-se perto de uma centena de auxiliares e administrativos, para exigir os mesmos direitos que os outros trabalhadores dos hospitais EPE (Entidades Públicas Empresariais), que "gozam de 35 horas de trabalho semanais, mais um dia de férias e que tem melhores carreiras e salários", explica a sindicalista.
Uma discriminação, na opinião de Sebastião Santana, da Frente Comum de Sindicatos, que o leva a dizer que para o governo, há nos hospitais funcionários públicos de primeira e de segunda.
"Pelos vistos haverá. Segundo as orientações que o Ministério tem dado a estes trabalhadores e a de outros hospitais que passaram recentemente a EPE e que esperam a aplicação do acordo" que irá colocar todos nas mesmas condições.
No caso do Hospital Amadora-Sintra, "o sindicato já tinha proposto um entendimento para colmatar a situação, ainda antes da passagem a EPE e que foi recusado pela administração. Não se entende porque, passado tanto tempo, os trabalhadores continuam a ser disciminados. Portanto, sim, para o governo há trabalhadores em funções públicas de primeira e de segunda".
Para além do hospital Amadora-Sintra, o mesmo se verifica com os trabalhadores no Hospital de Vila Franca de Xira e no Beatriz Ângelo, em Loures.