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Greve nas escolas. STOP vai respeitar serviços mínimos

31 jan, 2023 - 21:01 • Lusa

Sindicato de Todos os Profissionais de Educação não vai parar a greve em curso pela luta de melhores condições de trabalho na escola pública.

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O Sindicato de Todos os Profissionais de Educação (STOP) anunciou hoje que vai respeitar os serviços mínimos decretados pelo Governo, mas não vai parar a greve em curso pela luta de melhores condições de trabalho na escola pública.

"Apesar de considerarmos ilegais estes serviços mínimos, que foram decididos por um colégio arbitral e não por um tribunal arbitral, não vamos apelar a desrespeitá-lo", disse o presidente do STOP, André Pestana, numa conferência de imprensa à porta da Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra.

O líder sindical deixou a garantia de que, no que depender do STOP, a greve dos profissionais de educação vai continuar, em moldes que vão ser definidos em reuniões com as comissões de greve, "sempre tudo dentro da legalidade".

A partir de quarta-feira os professores e o pessoal não docente, que estão em greve convocada desde dezembro, por tempo indeterminado, convocada pelo STOP, vão ter de assegurar serviços mínimos nas escolas, após decisão tomada na sexta-feira pelo Colégio Arbitral.

Professores de todo o país concentrados em frente ao Ministério
Professores de todo o país concentrados em frente ao Ministério

O STOP anunciou ainda que vai recorrer juridicamente da decisão de decretar serviços mínimos, cujo processo poderá demorar meses, continuando a luta “e a fantástica mobilização” para manter as questões legítimas dos profissionais da educação, que exigem “escola máxima e qualidade para todos os alunos”.

“Como inovámos em dezembro, inicialmente com uma greve de docentes e depois a partir de janeiro com uma greve de não docentes, acreditamos que iremos conseguir inovar e manter esta chama acesa, que é impressionante e que vai continuar a manter esta questão muito legítima de melhores condições para quem trabalha nas escolas”, sublinhou André Pestana.

Segundo o dirigente, o Governo não está a fazer “uma verdadeira negociação” porque não está a negociar as “principais reivindicações, que levaram milhares de docentes e pessoal não docente a aderir a esta luta e greve”.

O STOP considera que as principais reivindicações passam pela igualdade de docentes do continente com os dos arquipélagos, mais profissionais docentes nas escolas, com melhores salários e carreiras dignas, aumento salarial que compense a inflação no mínimo de 120 euros mensais para pessoal docente e não docente e a calendarização de negociação de outros temas que preocupam quem trabalha nas escolas.

Salientando que vai participar de “forma construtiva” na reunião ministerial agendada para sexta-feira, André Pestana espera que o ministro da Educação “reconheça que a mobilização que voltou em janeiro a trazer para a rua, pela segunda vez, cerca de 100 mil manifestantes, tem de levar à mesa negocial questões relativas ao pessoal não docente, à igualdade entre docentes do continente e arquipélagos e aumentos salariais, que compensem a inflação”.

[notícia atualizada]

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  • Cidadao
    01 fev, 2023 Lisboa 08:39
    Leu mal: recorrer recorrem, mas o resultado só aparecerá daqui a largos meses como de costume nos tribunais deste País. Se fosse mesmo para parar serviços mínimos de legalidade mais que duvidosa, STOP teria apresentado Providência Cautelar que tem efeitos suspensivos imediatos. Não o ter feito, parece ser uma jogada de "uma no cravo, outra na ferradura" para não só não perder o apoio da Opinião Pública, como dar mais "gás" à luta que poderia começar a esmorecer. Se foi isso, foi o mais acertado. E quando os tribunais se pronunciarem pela ilegalidade dos serviços mínimos - já o fizeram no passado - o STOP vai ganhar uma força imparável. E sem serviços mínimos e pela derrota judicial, sem hipóteses de Requisição Civil... No lugar do ministro, negociaria o que há a negociar, antes disso acontecer.
  • Decepcionado
    31 jan, 2023 Quem decidiu isto? 22:01
    Só uma palavra ocorre: DECEPÇÃO! Não só não recorrem, como incitam a não desrespeitar, apesar de dizerem que são ilegais, e de saber que quem vai ser convocado, serão principalmente associados do STOP enquanto os burgueses da Fenprof e da FNE são deixados em paz. É isto o sindicato combativo que veio trazer a rutura contra o rame-rame dos sindicatos do sistema?

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