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MAI diz que combate ao tráfico de droga no Porto não tem tido "tréguas"

03 fev, 2023 - 20:00 • Lusa

Questões da toxicodependência exigem "respostas mais estruturadas e integradas", afirma o ministro José Luís Carneiro.

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O ministro da Administração Interna, José Luís Carneiro, disse hoje que o combate policial ao tráfico de droga no Porto tem sido feito "sem tréguas", mas lembrou que as questões da toxicodependência exigem "respostas mais estruturadas e integradas".

Aludindo às zonas da Pasteleira e de Pinheiro Torres, no Porto, José Luís Carneiro, indicou que em 2022 "foram realizadas cerca de 2.000 ações de patrulha e ações preventivas de investigação criminal por parte da PSP" e foram efetuadas "400 detenções".

À chegada a uma reunião da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional (CCDR) do Alentejo, em Évora, o ministro foi questionado pelos jornalistas por o presidente da Câmara do Porto, Rui Moreira, o ter instado a assumir "competências" para resolver o problema do consumo e tráfico de estupefacientes na cidade, e a "não esconder debaixo do tapete" esta matéria.

José Luís Carneiro respondeu que "em tudo o que é tráfico [de droga], o combate tem que ser feito sem tréguas e esse é o combate que tem vindo a ser feito" no Porto, quer pela PSP, quer pela Polícia Judiciária (PJ).

"Aquilo que é da dimensão policial tem vindo a ser assumido na plenitude", afiançou, manifestando a sua confiança nas forças de segurança e na PJ.

Mas "as questões da toxicodependência exigem respostas mais estruturadas, de médio e longo prazo", alertou, lembrando que foi por isso que em 2016 foi estabelecido o Contrato Local de Segurança (CLS) com a Câmara do Porto.

"Esse CLS incidia nomeadamente sobre aquela zona da cidade. É preciso compreender porque é que esse contrato de local de segurança deixou de ter eficácia", afirmou José Luís Carneiro.

O ministro disse também já ter transmitido a Rui Moreira "e a outros autarcas" a disponibilidade do Governo para "relançar os CLS que foram constituídos em 2016 e que, por algum motivo, deixaram de estar ativos".

As respostas nesta área da toxicodependência requerem o envolvimento de serviços de diversas áreas e em diferentes esferas de atuação, defendeu.

"Exigem, desde logo, respostas em termos de cuidados de saúde pública, ao nível da segurança social, medidas relativas ao combate à pobreza, questões relacionadas com a habitação, com os transportes, com a mobilidade, verdadeiramente, com todas as dimensões que têm que ver com a inclusão e com a criação de condições locais para a realização plena de adolescentes, jovens e famílias que, desde há muito tempo têm as suas vidas tomadas pelo consumo e pelo tráfico de droga", disse.

E, no Porto, "os toxicodependentes que estão hoje naquela zona da cidade, outrora estavam no Bairro do Aleixo".

"O Bairro do Aleixo foi demolido e os problemas não desaparecem. Como se vê, o problema reaparece noutros pontos da cidade", argumentou.

Em Évora, José Luís Carneiro reuniu-se com autarcas do Alentejo para debater a prevenção dos incêndios rurais e apresentar os fundos europeus disponíveis em matéria de Proteção Civil.

Comentários
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  • Figueiredo
    06 fev, 2023 Porto 11:57
    Entre 2002 e 2013 o Presidente Rui Rio preveniu e controlou o tráfico/consumo de droga na Cidade do Porto, por tanto não se compreende porquê que o bom trabalho desenvolvido pela sua Governação Autárquica, não foi continuado por parte do «Porto, o Nosso Partido/Porto, o Nosso Movimento/Aqui Há Porto», muito pelo contrário, as más políticas praticadas por este Executivo agravaram a situação para níveis iguais ou piores aos do período compreendido entre 1989 e 2001, o que leva a questionar qual é o compromisso do «Porto, o Nosso Partido/Porto, o Nosso Movimento/Aqui Há Porto» com o tráfico/consumo de droga.

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