07 fev, 2023 - 22:10 • José Carlos Silva
Ao fim de 18 dias e 18 distritos, termina esta quarta-feira, no Porto, a greve dos professores convocada por vários sindicatos. A luta vai continuar, garante à Renascença o secretário-geral da Federação Nacional dos Professores (Fenprof), Mário Nogueira.
“Desta vez, ninguém nos pára. Os professores têm que ser respeitados e se se quer ter uma educação de qualidade e uma escola pública capaz de responder aos desafios do futuro, nós temos que ter professores qualificados”, afirma o sindicalista.
Numa altura em que decorrem negociações com o Ministério da Educação, Mário Nogueira admite que “os resultados ainda são parcos”, mas avisa que “os professores não vão parar e nós estamos aqui numa maratona”.
O próximo passo da Fenprof será a realização de pelo menos um “Dia D, de debate”, e o que se seguirá não será um protesto ligeiro, afirma Mário Nogueira.
“Iremos promover um Dia D, de debate, para os professores analisarem os documentos do Ministério da Educação e poderem decidir o que faremos para continuar, sabendo que neste momento os professores quando dizem: ‘não paramos’, não significa que vamos fazer um abaixo-assinado, queremos continuar com lutas muito fortes, com manifestações e greves”, sublinha o líder da Fenprof.
Mário Nogueira acredita que esta quarta-feira, no último dia da greve por distritos da Fenprof, os professores vão marcar presença em massa.
A morte anunciada do sindicalismo foi prematura, e os professores bem o sabem, diz o secretário-geral da Fenprof.