Siga-nos no Whatsapp
A+ / A-

Protesto dos professores

Sindicatos acham difícil chegar a acordo com Governo

15 fev, 2023 - 15:59 • Fátima Casanova com redação

Os docentes não abdicam da recuperação integral do tempo de serviço que esteve congelado, matéria que a tutela considera inegociável.

A+ / A-

Os dirigentes sindicais chegam à quinta ronda negocial com o Governo, relativo a um novo modelo de colocação e recrutamento de professores, pouco optimistas e consideram difícil alcançar um acordo.

À entrada para a reunião, o secretário-geral da Fenprof disse que "não vai haver acordo nenhum" com o Ministério da Educação, que acusou de "voltar atrás" em algumas matérias.

"Não sei se [o ministério] está a brincar com os professores, se está a brincar aos concursos, se está a brincar às estabilidades. Já ouvi dizer que o ministro tinha dito que estávamos muito perto do acordo, mas deve ser um acordo entre o senhor ministro e o secretário de Estado", acusou Mário Nogueira.

Entre os pontos que a Fenprof considera que o Governo "voltou atrás" está o facto de os professores dos quadros de uma escola (Quadro de Escola) "continuarem a poder ser colocados por esses concelhos nos Quadros de Zona Pedagógica (QZP)".

"Os professores dos QZP que vão entrar este ano nos quadros ficam obrigados a concorrer ao país inteiro", acrescentou.

Sobre o facto de os concursos passarem a ser anuais, o secretário-geral da Fenprof lembrou que "metade dos professores já não concorre".

Em relação a outras reivindicações que os professores dizem não abrir mão - como a recuperação do tempo de serviço congelado ou o fim das vagas e quotas de acesso aos 5.º e 7.º escalões - o sindicalista diz que a tutela "simplesmente ignorou".

Os docentes não abdicam da recuperação integral do tempo de serviço que esteve congelado, matéria que o Governo considera inegociável. Um ponto que leva André Pestana, do STOP, a considerar difícil que seja conseguido um acordo.

Os docentes não abdicam da recuperação integral do tempo de serviço que esteve congelado, matéria que o Governo considera inegociável. Um ponto que leva André Pestana, do STOP, a considerar difícil que seja conseguido um acordo.

“Infelizmente, acho que que não vai haver acordo. Esperemos que haja bom-senso e que, pelo menos, até sexta-feira venham novas propostas… que vão ao encontro das exigências das dezenas de milhar de docentes e não docentes que se têm mobilizado de forma inédita em Portugal.”

“Nunca se viu uma luta na educação em Portugal como tem acontecido desde dezembro. É uma luta que revela um grande sacrifício”, sublinha.

Comentários
Tem 1500 caracteres disponíveis
Todos os campos são de preenchimento obrigatório.

Termos e Condições Todos os comentários são mediados, pelo que a sua publicação pode demorar algum tempo. Os comentários enviados devem cumprir os critérios de publicação estabelecidos pela direcção de Informação da Renascença: não violar os princípios fundamentais dos Direitos do Homem; não ofender o bom nome de terceiros; não conter acusações sobre a vida privada de terceiros; não conter linguagem imprópria. Os comentários que desrespeitarem estes pontos não serão publicados.

Destaques V+