23 fev, 2023 - 10:53 • Ana Fernandes Silva , Olímpia Mairos
Há mais de 10 anos, havia Repartição de Finanças nos Carvalhos, em Gaia. Agora, há apenas um edifício vazio com dois andares e uma garagem. São 789 metros quadrados ao abandono.
O prédio está sem vida no interior, mas com muito movimento nas redondezas, com habitações, comércio, restauração, escolas, transportes. Há tudo nos Carvalhos, menos repartição de Finanças.
À Renascença, vários moradores dizem que arrendar o imóvel seria a melhor solução.
“Se o Estado conseguisse alugar todos os edifícios que tem, ao Deus dará, acho que estaríamos melhor”, diz um habitante da zona. Outro morador, que está por perto, entende que ali, naquele edifício, “dava excelentes habitações”.
Há também que considere que “se o Governo tem estes imóveis, assim, primeiro deviam de cuidar dos deles e depois ir às pessoas que estão em situações que têm prédios devolutos e outras coisas do género”.
“Acho que é um desperdício, um prédio destes estar numa situação como está”, lamenta uma outra moradora.
Já outra habitante lembra as “pessoas que estão a viver na rua, com condições ainda piores”, para defender que o Estado fazia bem “arranjar e alugar”.
O antigo prédio da Repartição de Finanças dos Carvalhos, é segundo um habitante local apenas “uma gota no oceano”, referindo ter conhecimentos de muitos outros edifícios que estão ao abandono.
Segundo os últimos dados publicados, em janeiro do ano passado, há mais de 700 imóveis do domínio Público sem utilização em Portugal.
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