02 mar, 2023 - 13:18 • Teresa Paula Costa , Olímpia Mairos
Cerca de mil agricultores de todo o país concentram-se esta quinta-feira nas Caldas da Rainha.
Convocada pela Confederação dos agricultores de Portugal (CAP), a manifestação visa chamar a atenção para os problemas com que os agricultores se deparam atualmente. Entre eles está o aumento dos custos de produção.
E, na opinião do presidente da CAP, o atual estado da agricultura deve-se à falta de apoios ao setor e à incompetência da atual ministra da agricultura.
“As ajudas prometidas sobre os efeitos da guerra ou sobre os efeitos da seca, nunca chegaram aos agricultores. Portanto, os consumidores estão a ser sacrificados por falta de políticas adequadas que permitissem conter um pouco mais o preço dos produtos nos supermercados”, acusa Eduardo Oliveira e Sousa.
O presidente da CAP insiste que “a falta de contenção dos custos de produção deve-se exatamente à inércia de ações de política concreta junto dos agricultores”.
Também “a passagem das direções regionais para a estrutura administrativa das CCDR” merece críticas por parte do presidente da CAP, alertando que “vai ser a machadada final no apoio direto aos agricultores que estão no campo”.
Depois das manifestações que decorreram em Mirandela, Castelo Branco e Portalegre, e que juntaram milhares de agricultores, o protesto voltou hoje às ruas, agora na região Oeste.
Com o lema “Contra a incompetência de quem nos governa”, a iniciativa integrou uma marcha e seguiu-se a outras em que os agricultores criticaram o Governo e a ministra da Agricultura, acusando-a de “desmanchar” o Ministério da Agricultura, numa posição contra a extinção das DRA e a sua integração nas CCDR.