02 mar, 2023 - 13:57 • Cristina Nascimento
O presidente da Associação Nacional de Diretores de Agrupamento e Escolas Públicas (ANDAEP) Filinto Lima esclarece que a justificação de faltas dos alunos depende das escolas e dos diretores de turma.
O esclarecimento surge na sequência do apelo da Fenprof que pediu aos pais que esta quinta e sexta-feira não levem os filhos à escola, em solidariedade com a luta dos professores que esta quinta-feira, a norte de Coimbra, e amanhã, a sul de Coimbra, estão a cumprir um dia de greve.
“A justificação de faltas, de facto, pertence às escolas e, em última instância, ao diretor de turma. As escolas têm critérios para que essas faltas possam ou não ser consideradas justificadas”, explica Filinto Lima.
O presidente da associação lembra a situação particular dos alunos que possam estar próximos do limite de faltas permitido. Filinto Lima considera que os encarregados de educação devem “ter alguma cautela” e “indagar junto das escolas, junto do diretor de turma se, neste caso concreto, perante esta justificação que poderão dar, a falta poderá ser ou não considerada justificada”.
Nestas declarações à Renascença, Filinto Lima lembra ainda que a greve em curso está sujeita a serviços mínimos e que por isso os alunos têm de ter pelo menos três aulas.
Questionado sobre o impacto que a paralisação está a ter esta quinta-feira no norte do país, Filinto Lima refere que, precisamente por causa dos serviços mínimos, “o dia está a ser muito semelhante aos dias anteriores”, com a generalidade das escolas abertas.
Já sobre o conflito entre professores e Ministério da Educação, o presidente da ANDAEP classifica a situação como sendo de “guerra total” e não se mostra otimista sobre as perspetivas apontadas por Marcelo Rebelo de Sousa para uma resolução do problema até à Páscoa.
“Penso que esse apelo não vai ter uma resposta positiva quer da parte do Ministério da Educação, quer dos sindicatos, porque se percebe que há um intenso braço de ferro, percebe-se que não há uma luz ao fundo do túnel e percebe-se que o túnel, que é este problema, cada vez é maior“, remata.