08 mar, 2023 - 16:21 • Lusa
O primeiro-ministro considera que a sua relação institucional com o Presidente da República tem sido muito boa e acredita que a maioria parlamentar do PS e Marcelo Rebelo de Sousa vão terminar tranquilamente os respetivos mandatos.
António Costa fez esta quarta-feira este balanço sobre a sua relação com Marcelo Rebelo de Sousa, que na quinta-feira completa sete anos como Presidente da República, antes de participar num almoço com 100 cientistas para assinalar o Dia Internacional da Mulher.
"Já são mais de sete anos de coabitação e de convívio. Como faço todos os anos, seguramente amanhã (quinta-feira) telefonarei ao senhor Presidente da República a felicitá-lo por mais este aniversário", começou por referir o líder do executivo aos jornalistas, tendo ao seu lado a ministra da Ciência e do Ensino Superior, Elvira Fortunato.
Num balanço sobre sete anos de coabitação entre primeiro-ministro e Presidente da República, António Costa classificou com "a relação como muito boa naquilo que tem ver com o respeito das funções de cada um e com a cooperação institucional que tem que existir entre todos para servir Portugal".
Interrogado se a relação institucional com o Presidente da República está melhor ou pior numa fase de turbulência do Governo de maioria absoluta socialista, Costa respondeu: "Está ótima".
"Vamos lá ver, o que significa turbulência? É cada um cumprir o seu papel. Acho que é isto que os portugueses compreenderam bem e têm valorizado muito positivamente essa relação", reagiu.
António Costa fez depois uma alusão à vontade que foi manifestada pelos portugueses nas últimas eleições presidenciais em 2021 e nas legislativas em janeiro de 2022 para projetar os próximos anos em termos de relações institucionais entre Presidente da República e Governo.
"Pela expressão da vontade dos portugueses do atual mandato presidencial e do atual mandato da maioria parlamentar, viveremos aliás tranquilamente até ao fim dos dois mandatos em conjunto", declarou.
O primeiro-ministro afastou depois qualquer crise política, dizendo: "É isso que tem acontecido nos últimos sete anos".
"Não há nenhuma razão para que não aconteça mais", acrescentou.