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Bombeiros pedem estatuto adequado e que Governo passe das palavras aos atos

11 mar, 2023 - 08:39 • Liliana Monteiro , José Carlos Silva , Daniela Espírito Santo

Congresso extraordinário decorre em Gondomar e conta com Marcelo Rebelo de Sousa, José Luís Carneiro e Manuel Pizarro.

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A Liga dos Bombeiros reúne-se este fim de semana em congresso. Estes profissionais pedem um estatuto do bombeiro adequado, a sustentabilidade financeira das corporações e um Governo que passe das palavras aos atos. Quem o diz é o responsável da Liga, António Nunes, em declarações à Renascença.

"Nós não temos tido, até agora, a oportunidade de passar da audição para a execução", diz, salientando que "não basta dizer que vamos resolver o problema" quando existem "cerca de 1230 viaturas de combate a incêndios com mais de 31 anos de idade".
"É preciso sentarmo-nos, conversarmos e estabelecermos metas e em quanto tempo o vamos fazer", reitera. António Nunes, no entanto, garante que "as relações" com o executivo "são muito boas", mas "as resoluções para os problemas não têm sido consequentes com essas relações".

A lista de problemas está identificada. O "financiamento das associações humanitárias dos bombeiros voluntários" talvez seja o "tema principal", assegura, salientando, no entanto, que também se falará "da questão do respeito" que exigem. "Precisamos de um estatuto de bombeiro voluntário adequado, um estatuto de dirigente associativo", acrescenta.

António Nunes também não esquece a luta pelo "comando nacional e organização dos bombeiros", relembrando que "os bombeiros são o único agente de Proteção Civil que não tem um comando estruturado, como tem a PSP ou a GNR".

O responsável da Liga diz que o rumo destes profissionais tem de ter uma "definição muito clara", tanto no que diz respeito ao financiamento, como na organização porque "isso é fundamental" para continuarem "a manter a prestação de socorro" que executam "há mais de 600 anos às populações", "integrados nas populações". António Nunes recorda que os bombeiros voluntários "provêm das suas próprias comunidades" e que isso lhes faz querer ainda mais "ter a certeza" que têm a "capacidade necessária" para "poder continuar a prestar o serviço aos cidadãos que sempre" prestaram pois, sem eles, os cidadãos "ficarão, naturalmente, desprotegidos".

O Congresso extraordinário vai decorrer em Gondomar e conta com a presença do Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, e dos ministros da Administração Interna, José Luís Carneiro, e da Saúde, Manuel Pizarro.

[Notícia atualizada às 09h19 de 11 de março de 2023]

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