13 mar, 2023 - 19:25 • Sandra Afonso
O Governo quer acelerar o apoio às famílias, por isso decidiu não alterar o calendário previsto para as medidas de ajuda direta, que deverão ir a Conselho de Ministros já na próxima quinta-feira, dia 16, no âmbito do plano "Mais Habitação".
São duas medidas:
O apoio às rendas visa famílias com taxa de esforço acima de 35%.
Nos empréstimos, os beneficiários são as famílias com mais baixos rendimentos, contribuintes até ao sexto escalão de IRS (38.632 euros brutos anuais). As famílias têm ainda de provar que sofreram um agravamento da taxa de esforço.
Os créditos à habitação têm de ter uma taxa variável, uma vez que a taxa fixa está imune às oscilações das taxas de juro.
Quem tiver perto de 30 mil euros em património mobiliário (PPR, depósitos, certificados de aforro, ou outros) também pode ficar de fora deste apoio.
Os beneficiários não podem pedir novos créditos, seja para férias, um carro, estudar, obras ou despesas de saúde, enquanto vigorar a ajuda.
São três diplomas que incluem as medidas que têm sido alvo de maior contestação:
Estes três diplomas vão continuar em consulta pública até 24 de março e deverão ir a Conselho de Ministros no final do mês, dia 30, de acordo com a nota publicada pela ministra da Habitação.
Os diplomas seguem depois para a Assembleia da República, uma vez que se trata de matérias da competência do Parlamento.
O pacote “Mais Habitação” só entra em vigor depois de passar pelo crivo da Presidência da República, que o recebe do Parlamento.
Marcelo Rebelo de Sousa pode ainda vetar as medidas ou enviá-las para o Tribunal Constitucional, se suscitarem dúvidas.
Em entrevista à RTP e ao Público, reforçou que estará atento à constitucionalidade do programa, com destaque para conceitos como “casa devoluta” ou “consumos baixos”.