Siga-nos no Whatsapp
A+ / A-

Frente Comum prevê "adesão maciça" à greve da função pública na sexta-feira

14 mar, 2023 - 14:04 • Lusa

Coordenador da Frente Comum antevê perturbações na saúde, educação, serviços centrais e locais, no contexto da paralisação.

A+ / A-

O líder da Frente Comum de sindicatos da Administração Pública, Sebastião Santana, disse esta terça-feira que espera uma "adesão maciça" à greve nacional da função pública, na sexta-feira, antevendo perturbações na saúde, educação, serviços centrais e locais.

"Estamos à espera de uma adesão maciça à greve da administração pública", disse o coordenador da Frente Comum, em conferência de imprensa, em Lisboa, acrescentando que serão afetados "serviços centrais da administração pública, as autarquias locais, serviços de saúde, entre outros, porque as reivindicações são justíssimas".

Sebastião Santana prevê ainda uma "adesão forte" no setor da educação, que poderá levar ao encerramento de escolas.

"Os trabalhadores da administração pública andam a perder poder de compra há décadas, o Governo continua sem dar resposta, temos um quadro de empobrecimento geral dos trabalhadores no país", afirmou o líder sindical.

Questionado sobre se a greve de sexta-feira poderá levar ao encerramento de escolas, Sebastião Santana respondeu que há tentativas neste setor de impedir o direito à greve, mas que, "se for cumprida a lei pelas autarquias e pelos diretores das escolas, com certeza que sim".

O líder sindical disse que caso se confirmem as "tentativas de impedimento do exercício legítimo do direito à greve" no setor da educação, a federação sindical "vai agir en conformidade".

Segundo afirmou, os sindicatos da Frente Comum da área da educação, que representam os trabalhadores não docentes, emitiram avisos prévios para a greve do dia 17 e não houve contestação dos serviços mínimos propostos para as escolas, mas "há tentativas de imposição à boleia de outras greves".

"Estamos a falar de avisos prévios que incidem apenas sobre o dia 17, não houve contestação aos serviços mínimos propostos pelos sindicatos da Frente Comum neste setor, portanto não estamos à espera que nenhuma autarquia nem nenhum diretor de escola imponha serviços mínimos para este dia", reforçou Sebastião Santana.

Em 23 de fevereiro, a Frente Comum de Sindicatos da Administração Pública anunciou uma greve nacional para 17 de março para exigir aumentos imediatos dos salários e a valorização das carreiras e dos serviços públicos, perante "o quadro de empobrecimento" dos trabalhadores.

A greve da Frente Comum ocorre na véspera da manifestação nacional convocada pela CGTP, em Lisboa, para dia 18, por aumentos salariais e contra o aumento do custo de vida, com Sebastião Santana a prever uma forte participação de trabalhadores da administração pública.

Comentários
Tem 1500 caracteres disponíveis
Todos os campos são de preenchimento obrigatório.

Termos e Condições Todos os comentários são mediados, pelo que a sua publicação pode demorar algum tempo. Os comentários enviados devem cumprir os critérios de publicação estabelecidos pela direcção de Informação da Renascença: não violar os princípios fundamentais dos Direitos do Homem; não ofender o bom nome de terceiros; não conter acusações sobre a vida privada de terceiros; não conter linguagem imprópria. Os comentários que desrespeitarem estes pontos não serão publicados.

  • Anastácio José Marti
    14 mar, 2023 Lisboa 15:41
    Como pode haver uma adesão maciça á greve de 17/3/23, como espera a CGTP, se o dia de greve continua a ser descontado no vencimento dos que aderirem á mesma em trabalhadores que há vários anos empobrecem, com aumentos abaixo da taxa de inflação e sem que os sindicatos, até hoje, 14/3/2023, nada tenham feito, do muito que podiam e deviam fazer, para que fosse devolvido aos mesmos funcionários públicos os subsídios de Natal e de Férias na íntegra como eles sempre tiveram até á vinda da Troika, mas que deixaram de ter desde que a Troika cá veio, mesmo apesar de a mesma Troika já ter saído do país há vários anos? Perante este empobrecimento e esta desonestidade intelectual até hoje não reparada por nenhum Governo nem por nenhum dos sindicatos, pergunta-se se será alguma vez destas formas que se defende quem trabalha em Portugal? Se a esta falta de vergonha juntarmos os dias de férias que os mesmos funcionários tinham anualmente, 25 úteis, para os 22 que têm desde a vinda da Troika, perguntamos o que é que os sindicatos da Administração Pública já fizeram para reparar estas injustiças para não serem corresponsáveis com as mesmas como sempre o foram, são e serão enquanto nada fizerem para as reparar?

Destaques V+