16 mar, 2023 - 05:28 • Lusa
Os enfermeiros de 75 unidades de saúde privadas do país fazem, esta quinta-feira, um dia de greve, a primeira que esses profissionais realizam.
O protesto visa reivindicar a melhoria das condições de trabalho e aumentos salariais de 10%.
"Esperamos uma adesão muito alta", diz à Renascença Guadalupe Simões, do Sindicato dos Enfermeiros Portugueses (SEP), apontando os grupos CUF e Lusíadas como os que poderão registar níveis mais elevados de participação.
A dirigente antevê que sejam afetadas "cirurgias programadas e consultas, à semelhança do que acontece nos hospitais públicos".
Outra dirigente do SEP, Isabel Barbosa, disse à agência Lusa que "a insatisfação é grande e a vontade de aderir à greve é imensa"
Prevista para os turnos da manhã e da tarde, esta será a primeira greve dos cerca de 4.200 enfermeiros que trabalham nas 75 unidades de saúde abrangidas pela Associação Portuguesa da Hospitalização Privada (APHP).
Os enfermeiros destas unidades privadas reclamam, entre outras medidas, a implementação das 35 horas semanais e a regulação dos horários de trabalho, um acréscimo remuneratório mensal para quem trabalha por turnos e o pagamento do regime de prevenção, além de 25 dias de férias.
O SEP diz que se mantém recetivo a negociações com a APHP e admite pensar em novas formas de luta.