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Manifestação da CGTP

"Governo quer fazer das pessoas parvas”, acusa Isabel Camarinha

18 mar, 2023 - 22:53 • Tomás Anjinho Chagas , Diogo Camilo

Na manifestação que juntou, diz a intersindical, cerca de 100 mil pessoas, a secretária-geral acusa o Governo de ser passivo ao ver aquilo que considera ser os aumentos abusivos dos lucros das grandes empresas.

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A secretária-geral da CGTP, Isabel Camarinha, garantiu este sábado que a luta não vai parar até os salários e as pensões subirem, acusando o Governo de “ser passivo” ao ver aquilo que considera ser os aumentos abusivos dos lucros das grandes empresas.

No final da manifestação convocada pela intersindical para este sábado, depois da descida pela Avenida da Liberdade que terminou nos Restauradores, que reuniu “mais de 100 mil trabalhadores”, Camarinha assinalou as diferenças na forma como o Governo tem agido conforme o tema.

"Esta luta que aumenta não vai parar enquanto não tivermos garantidos o aumento dos salários e das pensões e as nossas reivindicações", assegurou, acrescentando que a "construção" de "um novo tempo" exige "a intensificação da luta".

Isabel Camarinha vai mais longe e diz acreditar que o Governo “quer fazer das pessoas parvas”, ao pedir um estudo para perceber a formação de preços de bens essenciais.

"Parece que querem fazer de nós parvos, e certamente haverá quem se preste a elaborar um belo estudo que confirme que tudo vai bem e que isto é mesmo assim... toda uma nova versão do "país aguenta, aguenta mais austeridade", que já derrotámos antes e que vamos voltar a derrotar", disse.

A sindicalista aponta ainda que têm sido dadas "mil desculpas para justificar o injustificável", apontando "falta de respostas" na saúde, na educação, na proteção social ou na habitação".

Além de aumento dos salários, em pelo menos, 10% e não inferior a 100 euros para todos os trabalhadores, defendeu a valorização das carreiras e profissões, a fixação de 850 euros para o Salário Mínimo Nacional (SMN) ou o aumento de todas as pensões e reformas.

Neste sentido, destacou as próximas manifestações em Lisboa e no Porto, no dia 28 de março, dos "jovens trabalhadores", bem como a participação no 25 de abril e no 1º de maio.

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