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Sindicatos convocam greve na Infraestruturas de Portugal para 6 de abril

23 mar, 2023 - 06:17 • Lusa

Paralisação de 24 horas foi marcada devido à falta de "qualquer resposta" do Governo e da IP. Entre outras exigências, trabalhadores pedem aumentos salariais e mais contratações.

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Os sindicatos Sintap e Sinafe anunciaram uma greve de 24 horas na Infraestruturas de Portugal (IP) para o dia 6 de abril, apontando o "silêncio" da empresa e do Governo nas negociações com os trabalhadores, segundo um comunicado.

Na nota, divulgada esta quarta-feira, o Sintap - Sindicato dos Trabalhadores da Administração Pública e de Entidades com Fins Públicos - e o Sinafe - Sindicato Nacional dos Ferroviários do Movimento e Afins - disseram que, "depois da jornada de luta dos passados dias 28 de fevereiro e 2 de março, os trabalhadores esperavam que a Infraestruturas de Portugal e os ministros que a tutelam encontrassem algum tempo nas suas agendas para [os] receberem".

No entanto, quase um mês depois, e apesar de "diversas tentativas desencadeadas pelo Sinafe e pelo Sintap", não houve "qualquer resposta e os problemas que afetam os trabalhadores não só se mantêm como se avolumam".

"A greve ocorreu num contexto extremamente desfavorável", recordaram, dando conta de que se verificaram "fortes constrangimentos rodoviários e ferroviários".

"O tempo vai passando e os aumentos atribuídos pela empresa não são bastantes para enfrentar o aumento do custo de vida", lamentaram, garantindo que "este 'aumento por decreto' não cobre metade da inflação verificada o ano passado".

O Sinafe e o Sintap garantiram que "mantêm a porta aberta para a negociação, considerando que ainda existem condições para um aumento salarial digno e que traga mais poder de compra aos trabalhadores".

No entanto, "também sabem que o silêncio da empresa e da tutela obrigam os trabalhadores a voltar à greve e, assim, no próximo dia 6 de abril" irão voltar "a parar a IP por 24 horas", asseguraram.

Os sindicatos reivindicam o aumento dos valores salariais e do poder de compra, a retoma da negociação coletiva, a "não discriminação de trabalhadores" e mais contratações.

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