02 abr, 2023 - 14:33 • Hugo Monteiro , com redação
O Sindicato dos Profissionais de Polícia (SPP/PSP) critica o silêncio do Governo e do Presidente da República sobre os confrontos de sábado, durante a manifestação pelo direito à habitação, em Lisboa, que provocou ferimentos em dois agentes da PSP.
Em declarações à Renascença, Paulo Macedo, do SPP, acusa a tutela de ser rápida no anúncio de medidas punitivas, mas lenta na defesa dos polícias.
“Sempre que acontece alguma situação em que haja algum tipo de dúvida, a tutela e quem nos representa vem logo acusar ou informar que está a ser aberto um processo disciplinar, e neste caso gostaríamos de ver o Sr. ministro, o Governo, a defenderem os polícias que estiveram a efetuar o seu trabalho e não vimos ninguém vir a terreiro, mesmo o Sr. Presidente da República, a defender os polícias e o trabalho dos polícias”, lamenta o dirigente do SPP.
O presidente do Sindicato dos Profissionais de Polícia pede, ainda, iniciativas legislativas que acabem com o que diz ser o clima de impunidade que se vive, numa altura em que são comuns os episódios de violência contra os agentes da PSP.
Na praça Martim Moniz, ponto de chegada da marcha,(...)
“Tem que se parar com este clima de impunidade, nomeadamente ao nível legislativo ou de procedimentos, o que leva a que as pessoas não sejam efetivamente punidas sempre que praticam esses atos e parece que não há preocupação de quem de direito para resolver essa situação, porque são os polícias que - diariamente há várias situações - são agredidos, confrontados e desrespeitados na sua função”, denuncia Paulo Macedo.
O SPP diz, ainda, que os incidentes na manifestação de sábado, em Lisboa, configuram um desrespeito pelas forças de segurança.
“É mesmo um confronto de alguns manifestantes diretamente com a polícia, desrespeitando os profissionais de Polícia e confrontando-os numa tentativa de agressão e, se não tivessem algum equipamento de proteção, estaríamos a falar em várias baixas entre os elementos da PSP. Isto não pode voltar a acontecer, a profissão de polícia tem que ser respeitada, os polícias têm que ser respeitados”, conclui Paulo Santos, do SPP.
[notícia corrigida - Paulo Macedo é dirigente do SPP e não da ASPP]