Siga-nos no Whatsapp
A+ / A-

Greve dos trabalhadores da Parques de Sintra com adesão total

07 abr, 2023 - 18:29 • Lusa

No primeiro dia de paralisação estiveram aproximadamente 200 trabalhadores da Parques de Sintra concentrados em frente ao Palácio da Vila.

A+ / A-

A greve dos trabalhadores da Parques de Sintra -- Monte da Lua voltou esta sexta-feira a ter 100% de adesão, levando ao encerramento dos parques e monumentos, adiantou à Lusa um dos sindicatos representativos.

"Este é o segundo dia de greve e [a adesão] continua a ser de 100%. Todos os monumentos estão encerrados", avançou o dirigente do Sindicato Nacional dos Trabalhadores da Administração Local e Regional (STAL), Carlos Faia Fernandes, em declarações à Lusa.

Na sexta-feira, o primeiro dia de greve, aproximadamente 200 trabalhadores da Parques de Sintra estiveram concentrados em frente ao Palácio da Vila.

No mesmo dia, os representantes dos trabalhadores estiveram reunidos com a administração da empresa, um encontro do qual resultou a apresentação de "uma proposta abstrata" de valorização salarial.

"Os trabalhadores disseram que não era isso que os ia demover da greve porque, na prática, o salário mínimo aumentava de 760 euros para 769 euros. A luta deles não é de nove euros por mês", assinalou Carlos Faia Fernandes.

O sindicato aguarda agora que a empresa envie a proposta por escrito, o que deverá acontecer na próxima semana.

A Parques de Sintra -- Monte da Lua conta com cerca de 300 trabalhadores e tem como acionistas a Direção-Geral do Tesouro e Finanças, o Instituto da Conservação da Natureza e Florestas, o Turismo de Portugal e a Câmara Municipal de Sintra, no distrito de Lisboa.

A empresa é responsável pela gestão do Parque e Palácio de Monserrate, Castelo dos Mouros, Palácio Nacional de Sintra, Parque e Palácio Nacional da Pena, Convento dos Capuchos, Chalet e Jardim da Condessa d"Edla, Farol do Cabo da Roca, Palácio Nacional e Jardins de Queluz, Vila Sassetti, Escola Portuguesa de Arte Equestre e Santuário da Peninha.

A greve foi marcada pelo Sindicato dos Trabalhadores da Administração Pública e de Entidades com Fins Públicos (SINTAP) e pelo STAL.

O caderno reivindicativo prevê um aumento salarial de 14% para os trabalhadores que fazem 40 horas semanais e de 7% para os que fazem 37,5 horas semanais.

São ainda pedidos um aumento mínimo de 52 euros para todos os trabalhadores, um salário de 1.320 euros no início da carreira de técnico superior, subsídio de alimentação no valor de 8,32 euros, retroativos a janeiro deste ano e seguro de saúde no acordo de empresa.

Além dos horários de 35 horas semanais para todos os trabalhadores, o STAL defende também aumentos de 100 euros para todos os trabalhadores, com retroativos a janeiro deste ano, além da criação de um sistema de carreiras, com progressões de três em três anos.

Comentários
Tem 1500 caracteres disponíveis
Todos os campos são de preenchimento obrigatório.

Termos e Condições Todos os comentários são mediados, pelo que a sua publicação pode demorar algum tempo. Os comentários enviados devem cumprir os critérios de publicação estabelecidos pela direcção de Informação da Renascença: não violar os princípios fundamentais dos Direitos do Homem; não ofender o bom nome de terceiros; não conter acusações sobre a vida privada de terceiros; não conter linguagem imprópria. Os comentários que desrespeitarem estes pontos não serão publicados.

Destaques V+