18 abr, 2023 - 13:35 • João Cunha , Cristina Nascimento com Lusa
As obras do Plano Geral de Drenagem de Lisboa, da expansão da rede do metro, da reabilitação da rede de saneamento e algumas obras de repavimentação vão obrigar a restrições à circulação automóvel na cidade a partir de 26 de abril.
A autarquia decidiu também proibir o acesso à baixa a todas as viaturas com mais de 3,5 toneladas e proibir cargas e descargas durante o dia.
Em declarações aos jornalistas, o presidente da Câmara de Lisboa aconselha mesmo todos os que possam “também deveriam evitar vir à baixa”.
Como alternativa para as vias que vão estar condicionadas, a Câmara de Lisboa apresentou uma "5.ª Circular" que pretende "incutir nos condutores a ideia de que é possível tornear as zonas problemáticas" da Baixa e frente ribeirinha. O percurso tem por objetivo levar o trânsito de atravessamento da cidade através de Alcântara, Estrela, Rato, Conde Redondo, Praça do Chile, Praça Paiva Couceiro e Parque das Nações.
As medidas de condicionamento de trânsito aos veículos com mais de 3,5 toneladas vigoram entre as 8h00 e as 20h00, quer sejam viaturas para abastecimento de estabelecimentos comerciais ou autocarros de transporte turístico. A exceção a esta regra serão os autocarros dos transportes públicos, como os da Carris.
Na conferência de imprensa, marcou presença também o vereador da Mobilidade, Anacoreta Correia, que classificou o plano como sendo "dinâmico", que não tem, para já, um fim à vista e terá mudanças consoante a progressão das obras.
"Vamos testar algumas destas medidas e reavaliar. Algumas poderão manter-se para além destas obras e outras não", destacou, salientando que a proibição de veículos pesados será das que "vai manter-se" e que se têm realizado reuniões com associações de comerciantes, a quem estas medidas causam transtorno.
Anacoreta Correia salientou que as circunstâncias obrigam a que todas estas obras decorram em simultâneo, exemplificando que a expansão do metro tem a janela temporal do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), incluindo durante o período em que se realizam as Jornadas Mundiais da Juventude, na primeira semana de agosto.
O autarca referiu ainda que o município está "à procura de soluções" de estacionamento, com a EMEL - Empresa de Mobilidade e Estacionamento de Lisboa e "privados que estejam disponíveis para soluções de estacionamento para residentes" e comerciantes das zonas afetadas e também com parques dissuasores nos arredores, para quem quer entrar na capital.
Estas soluções de estacionamento "serão para este mandato" autárquico, adiantou.
[notícia atualizada às 14h41]