Linha circular do Metro de Lisboa ganha forma. Estrela e Santos já estão ligados

A futura linha circular do Metropolitano de Lisboa já liga a Estrela a Santos. A união do novo túnel marca o final das escavações onde será a futura estação da Estrela.

O momento esta terça-feira contou com a presença do ministro do Ambiente e Ação Climática, Duarte Cordeiro, que sublinhou a complexidade da obra do ponto de vista da engenharia, mas destacando, ainda assim, que "está a andar a um ritmo positivo".

A linha circular vai ligar a estação do Rato ao Cais do Sodré, numa extensão de mais dois quilómetros de rede e duas novas estações - Estrela e Santos, unindo as linhas Amarela e Verde num novo anel circular no centro de Lisboa que deverá estar concluído em outubro de 2024.

Durante a visita com os jornalistas, o minstro do Ambiente sublinhou a importância deste investimento, sobretudo para o ambiente, naquilo que são os objetivos do país no que diz respeito às alterações climáticas.

"Entre a extensão da linha circular da linha amarela, a extensão da linha vermelha e a linha violeta que vai ligar Loures e Odivelas, estamos a falar de mais de mil milhões de euros de investimento que vai alargar a rede do Metro de Lisboa em cerca de 18 quilómetros."

"Estamos a falar de procurar ter mais 45 milhões de viagens por ano e de uma redução de emissões de cerca de 30 mil toneladas de CO2. Portanto, são impactos muito significativos que correspondem ao grande objetivo que o país tem, de procurar atingir a neutralidade carbónica, ou seja, de procurar reduzir, até 2030, 40% das emissões no setor da mobilidade", referiu Duarte Cordeiro, após a última escavação que viria a abrir o túnel que uniu as duas futuras estações de Estrela e Santos.

O ministro ressalvou ainda que os investimentos do Metropolitano de Lisboa não ficam por aqui. O governante indicou que já abriu o concurso para o prolongamento da linha vermelha - a ligar São Sebastião ao Aeroporto Humberto Delgado - bem como a criação da linha violeta - uma ligação do metro de superfície, construída e operada pelo metropolitano de Lisboa.

"Temos os os objetivos da linha vermelha e da linha violeta que, esperamos, terminem em final de 2026. No caso da linha vermelha, tivemos agora recentemente a abertura do concurso. Esperamos entrar em obra até ao final do ano. No caso da linha violeta, estamos agora a terminar a avaliação de impacto ambiental e esperamos lançar o concurso no primeiro semestre deste ano", disse Duarte Cordeiro.

A visita desta manhã ao novo túnel da Estrela também contou com a presença do secretário de Estado da Mobilidade Urbana, Jorge Delgado, e do presidente do Conselho de Administração do Metropolitano de Lisboa, Vitor Domingues do Santos.