09 mai, 2023 - 10:00 • João Cunha
Não terá tido grandes efeitos, pelo menos esta madrugada, a greve dos trabalhadores da Valorsul, empresa responsável pelo tratamento de resíduos nas regiões de Lisboa e Oeste.
Na manhã desta terça-feira, a reportagem da Renascença verificou que o lixo foi recolhido e encaminhado para instalações da Valorsul.
Se a adesão à greve no turno da noite na Valorsul foi de 100%, segundo o sindicato, hoje até pode ter sido a mesma. O que não quer dizer necessariamente que o lixo tenha ficado por recolher - em Lisboa e nos outros municípios que entregam à Valorsul os resíduos sólidos urbanos.
Uma ronda por Lisboa, às primeiras horas da manhã, permitiu verificar que os caixotes estavam vazios, depois do lixo ter sido recolhido pelos funcionários municipais. Do Centro Operacional de Remoção, nos Olivais, saiam ainda esta manhã viaturas para proceder á recolha de lixo.
Em zonas como Benfica, Sete-Rios, Praça de Espanha, Amoreiras, Baixa, Almirante Reis, Areeiro, Olaias, Olivais e Parque das Nações, todos os caixotes estavam à beira da estrada, em cima do passeio, onde habitualmente são deixados depois da recolha.
A diferença, com esta greve dos trabalhadores da Valorsul, é o local onde esse lixo é depositado. Algum é levado para a incineradora em São João da Talha, no concelho de Loures, onde é destruído à primeira oportunidade. Mas a maioria está a ser levado para o aterro de Mato da Cruz, também da Valorsul, aqui no concelho de VF de Xira.
A greve de trabalhadores da Valorsul prende-se com aumentos salariais, para permitir a recuperação do poder de compra devido à inflação, 35 horas de trabalho semanais para todos os trabalhadores, o cumprimento integral do acordo de empresa e a valorização das carreiras dos trabalhadores.
A Valorsul, com cerca de 450 trabalhadores, é a empresa responsável pelo tratamento e valorização dos resíduos recicláveis e resíduos sólidos urbanos produzidos em 19 concelhos das regiões de Lisboa e Oeste.