Siga-nos no Whatsapp
A+ / A-

Sindicato da PJ suspende greve após ministra satisfazer reivindicações

11 mai, 2023 - 19:19 • Lusa

Paralisação ao trabalho suplementar iniciada em abril foi terminada após "sinal de boa-fé" de Catarina Sarmento e Castro em resolver duas das três reivindicações pedidas.

A+ / A-

A Associação Sindical dos Funcionários de Investigação Criminal da Polícia Judiciária suspendeu a greve ao trabalho suplementar iniciada em abril após "sinal de boa-fé" da ministra da Justiça em resolver duas das três reivindicações que apresentava.

Em declarações à agência Lusa, a presidente da Associação Sindical dos Funcionários de Investigação Criminal da Polícia Judiciária (ASFIC-PJ), Carla Pinto, disse que, "apesar de continuarem a trabalhar com valores muito abaixo" do normal, a tutela aumentou o valor das horas noturnas do piquete e prevenção de 3,61 euros para 6,43 euros, bem como resolver outras das reivindicações, com a publicação da portaria que fixa o contingente para passagem à disponibilidade aos 55 anos de idade com 36 anos de Serviço. .

Segundo a dirigente sindical, a ministra Catarina Sarmento e Castro comprometeu-se durante as negociações a ter disponibilidade para regulamentar até ao final do ano o trabalho suplementar, de forma a que a respetiva portaria entre em vigor a 01 de janeiro de 2024, a terceira das reivindicações apresentada para justificar a greve.

Carla Pinto disse "acreditar na tutela" face à disponibilidade para regulamentar o trabalho suplementar, mas deixou o aviso de que, caso isso não aconteça, serão adotadas novas medidas de luta.

Quanto à decisão de suspender a greve ao trabalho suplementar, Carla Pinto afirmou que esta não foi votada por unanimidade, havendo muitos associados que defenderam manter a greve até que o Ministério da Justiça regulamentasse o trabalho suplementar.

A greve ao trabalho suplementar teve uma adesão a rondar os 95%, segundo o sindicato.

Um dos principais motivos que levou à greve, que começou em 01 de abril e que afetou o trabalho das unidades de prevenção e todo o trabalho prestado fora do horário normal, ou seja, entre as 12:30 e as 14:00 e entre as 17:30 e as 09:00, foi a falta de atualização pela tutela do referencial dos valores dos suplementos de piquete e prevenção.

A falta de regulamentação do estatuto das carreiras especiais e a estagnação das negociações com a direção e o Ministério da Justiça foram outros motivos da greve.

Em meados de abril, em declarações à Lusa, Carla Pinto que a ASFIC-PJ não conseguia indicar com exatidão a quantidade de serviços que tiveram que ser adiados em consequência da greve, mas adiantou que tiveram de ser canceladas diversas operações que deveriam ter sido realizadas fora do horário normal.

Comentários
Tem 1500 caracteres disponíveis
Todos os campos são de preenchimento obrigatório.

Termos e Condições Todos os comentários são mediados, pelo que a sua publicação pode demorar algum tempo. Os comentários enviados devem cumprir os critérios de publicação estabelecidos pela direcção de Informação da Renascença: não violar os princípios fundamentais dos Direitos do Homem; não ofender o bom nome de terceiros; não conter acusações sobre a vida privada de terceiros; não conter linguagem imprópria. Os comentários que desrespeitarem estes pontos não serão publicados.

Destaques V+