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Grávidas devem evitar consumo de peixe com mercúrio, conclui estudo

16 mai, 2023 - 18:19 • Teresa Paula Costa

Direção Geral da Alimentação e Veterinária recomenda que se evite o consumo de espécies como atum fresco, cação, espadarte, maruca, pata roxa, peixes-espada e tintureira, devido ao seu teor de mercúrio que pode comprometer desenvolvimento do feto.

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O consumo de pescado é importante para a saúde, mas grávidas, mulheres a amamentar e crianças devem optar por pescado com menos mercúrio, conclui um estudo desenvolvido por um Grupo de Trabalho promovido pela Direção Geral da Alimentação e Veterinária e nesta terça-feira divulgado.

O estudo concluiu que o consumo de pescado continua a ser essencial dados os benefícios para a saúde, nomeadamente, a possibilidade de diminuir o risco de doença coronária e a sua contribuição para um adequado neuro-desenvolvimento do feto, mas alerta para a necessidade de se fazer “as escolhas certas, quer em relação às espécies, quer à frequência do seu consumo.”

Sardinha e cavala são algumas das opções a privilegiar, uma vez que têm menos mercúrio e contêm maior teor de ácidos gordos ómega-3, que contribuem para um melhor desenvolvimento cognitivo nas crianças e na prevenção de doença cardiovascular nos adultos”, esclarece o documento, que também recomenda espécies como abrótea, bacalhau, carapau, choco, corvina, dourada, faneca, lula, pescada, polvo, raia, “redfish” e robalo.

À população em geral, o Grupo de Trabalho recomenda o consumo de peixe até sete vezes por semana.

Grávidas devem evitar peixe com mercúrio

O estudo alerta, contudo, que as grávidas, mulheres a amamentar e crianças (até aos 10 anos) devem consumir peixe apenas entre três a quatro vezes por semana, e devem evitar espécies como o atum fresco (não o de conserva), cação, espadarte, maruca, pata roxa, peixes-espada e tintureira.

A razão prende-se com o elevado teor de mercúrio detetado nestas espécies, e os riscos associados ao desenvolvimento cognitivo.

O Grupo de Trabalho foi responsável pela elaboração de recomendações para o consumo de pescado e integrou elementos da Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE), Faculdade de Ciências da Nutrição e Alimentação da Universidade do Porto (FCNAUP), Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge, IP (INSA), Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) e Instituto de Saúde Pública da Universidade do Porto (ISPUP).

A definição das recomendações para o consumo de pescado para a população portuguesa teve por base a frequência de consumo, obtida através de um inquérito nacional e os dados relativos ao teor de mercúrio contido em centenas de amostras colhidas e analisadas no âmbito do controlo oficial e de diferentes estudos científicos, que foram integrados numa avaliação de Risco-Benefício associado ao consumo de pescado pela população portuguesa.
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