23 mai, 2023 - 15:10 • Lusa
A polícia britânica confirmou esta terça-feira que tem agentes presentes em Portugal para assistir às buscas relacionadas com o desaparecimento de Madeleine McCann e manter a família da criança informada.
O Inspetor-Chefe da Polícia Metropolitana de Londres, Mark Cranwell, revelou que a força "continua a trabalhar e a apoiar os seus colegas em Portugal e na Alemanha, nas suas investigações sobre o desaparecimento de Madeleine McCann”.
O responsável agradeceu “à Polícia Judiciária e ao Bundeskriminalamt” por permitirem à polícia britânica “estar presente enquanto o seu trabalho está a decorrer, para que possa informar a família da Madeleine de quaisquer desenvolvimentos”.
Buscas relacionadas com o desaparecimento de Madeleine McCann há 16 anos começaram esta manhã na barragem do Arade, em Silves, distrito de Faro, envolvendo dezenas de agentes.
EXPLICADOR RENASCENÇA
Até quarta-feira, as autoridades portuguesas vão e(...)
As buscas estão ser realizadas pela Polícia Judiciária e acompanhadas por autoridades alemãs e inglesas, na sequência de uma Decisão Europeia de Investigação (as antigas cartas rogatórias) dirigida pelas autoridades da Alemanha a Portugal.
O local terá sido identificado como sendo frequentado por Christian Brueckner, o qual os investigadores alemães têm vindo, desde 2020, a apontar como o principal suspeito do desaparecimento e alegado homicídio da criança britânica.
Madeleine McCann desapareceu em 03 de maio de 2007, pouco antes de completar o seu quarto aniversário, quando passava férias com os pais e irmãos na Praia da Luz.
Christian Brueckner, 45 anos, está a cumprir pena em Kiel (Alemanha) por outro crime. Foi também acusado em outubro passado pela Justiça alemã de três crimes de violação e dois de abusos sexuais de crianças em território português, crimes que terão sido cometidos entre 2000 e 2017.
O suspeito nega qualquer envolvimento no caso Maddie.
A polícia britânica mantém desde 2011 uma investigação aberta, intitulada “Operação Grange”, financiada pelo Ministério do Interior e que já terá custado cerca de 13 milhões de libras (15 milhões de euros no câmbio atual).