29 mai, 2023 - 07:33 • Liliana Monteiro
A Direção Nacional da PSP pediu aos vários comandos nacionais o envio entre 10% a 20% de efetivos para a capital, para a Jornada Mundial da Juventude (JMJ), de fora ficam os comandos da Madeira e Açores assim como o Algarve, que em agosto conta já com muita afluência de turistas.
A Renascença apurou junto de fontes policiais que o maior contributo chegará do distrito do Porto, com o envio de cerca de 600 policias, o pedido foi menor junto dos comandos de Braga e de Aveiro, de onde saem perto de 50 e 15 agentes, respetivamente.
Aos cerca de 1.800 agentes podem juntar-se pouco mais de 500 que saem da formação da Escola Prática de Polícia. Todos eles se juntam ao efetivo habitual da área metropolitana de Lisboa.
Tendo em conta que estes profissionais ficaram, à semelhança de outras áreas, impedidos de tirar férias no período da JMJ, a estratégia passou por desviar das esquadras a fatia de policias que já estavam naturalmente ausentes por motivos de férias.
Uma vez em Lisboa os agentes vão ser acolhidos em vários locais, entre eles estará a Academia Militar, assim como algumas casas de apoio social localizadas na Amadora e Loures.
Para garantir a rotatividade dos turnos, de um trabalho que se prevê exigente, está em cima da mesa colocar os policias a trabalhar não oito, mas seis horas, que poderão estender-se tendo em conta que haverá mais necessidade de briefings nas passagens de serviço, maior distância entre locais e mais constrangimentos na mobilidade dos reforços, etc....
Mas extra Jornada Mundial da Juventude os agentes vão ser chamados à realização de muitos serviços remunerados. A concentração de muita gente (as autoridades estão a contar com um milhão e 800 mil participantes) vai exigir diversas vigilâncias, não só diretamente ligadas à JMJ (como por exemplo vigilâncias do palco e outras infraestruturas) como junto de outros privados. Prevê-se por isso grande solicitação junto dos agentes.
Além dos meios humanos está a ser também pedido aos comandos nacionais a partilha de meios como, por exemplo, viaturas, carrinhas e carros de reboque, etc...
Ainda não está resolvida a forma como os agentes vão chegar a Lisboa, foi solicitado aos Comandos que tentem articular essa deslocação com as autarquias.
Para garantir a mobilidade e segurança na zona do Parque das Nações, junto ao rio trancão, vai ser criado um cordão de 3 a 5 kms dentro do qual não deverá ser possível a circulação de viaturas particulares, sendo autorizados apenas alguns transportes públicos e veículos ligados ao evento ou abastecimento relacionado com a JMJ.
O Presidente da Fundação Jornada Mundial da Juventude Lisboa 2023 e Coordenador-Geral, D. Américo Aguiar, Bispo Auxiliar de Lisboa, recebe esta segunda-feira a visita do superintendente-chefe da Polícia de Segurança Pública (PSP), Manuel Magina da Silva, na sede do Comité Organizador Local, em Lisboa.
Segue-se depois o Chefe do Estado-Maior da Armada, o Almirante Henrique Gouveia e Melo. Recorde-se que o espaço onde vão ser acolhidos em conjunto todos os participantes fica à beira rio.