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Médicos marcam greve para 5 e 6 de julho

02 jun, 2023 - 15:31 • Ricardo Vieira

"Cabe ao Ministério da Saúde reverter a situação" até lá, afirma Joana Bordalo e Sá, da FNAM.

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A Federação Nacional dos Médicos (FNAM) vai convocar uma greve para 5 e 6 de julho.

"Cabe ao Ministério da Saúde reverter a situação" até lá, afirmou esta sexta-feira Joana Bordalo e Sá, da FNAM.

Joana Bordalo e Sá falava no final de uma reunião no Ministério da Saúde.

"Infelizmente, o Ministério da Saúde está-nos a empurrar para aquela medida que não queríamos: greve de médicos a 5 e 6 de julho", declarou a dirigente da FNAM.

Os médicos reivindicam "uma grelha salarial justa e digna para os médicos no Serviço Nacional de Saúde e fechar as outras condições de trabalho que também estamos a discutir", disse Joana Bordalo e Sá.

A 28 dias do fim das negociações, a federação está “com cada vez menos esperança” num acordo entre as duas partes em relação às várias matérias que estão a ser negociadas, entre as quais a revisão das tabelas salariais dos médicos do SNS, reconheceu ainda a presidente da FNAM.

Há vários meses que sindicatos dos médicos e Ministério da Saúde estão em negociações, mas sem acordo para já.

À medida que decorre esse tempo, o Sindicato Independente dos Médicos (SIM) e a FNAM têm criticado a falta de propostas concretas do Governo sobre as matérias em discussão, salientando que não abdicam da revisão das grelhas salariais neste processo.

As negociações tiveram o seu início formal já com a equipa do ministro Manuel Pizarro, mas as matérias a negociar foram acordadas ainda com a anterior ministra, Marta Temido, que aceitou incluir a grelha salarial dos médicos do SNS no protocolo negocial.

Em cima da mesa estão, assim, as normas particulares de organização e disciplina no trabalho, a valorização dos médicos nos serviços de urgência, a dedicação plena prevista no novo Estatuto do SNS e a revisão das grelhas salariais.

No início de março, os médicos realizaram uma greve de dois dias para exigir a valorização da carreira e das tabelas salariais, convocada pelos sindicatos que integram a FNAM, mas que não contou com o apoio do SIM, que se demarcou do protesto, alegando que não se justificava enquanto decorrem negociações.

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