Siga-nos no Whatsapp
A+ / A-

Costa destaca contributo para a concórdia de estadistas como Mandela e Mário Soares

07 jun, 2023 - 13:53 • Lusa

"Cada um à sua dimensão, mas a seguir ao 25 de Abril de 1974 Mário Soares foi capaz de gestos de grande reconciliação e de concórdia nacional, permitindo que a República de hoje tivesse evitado os erros da I República", defendeu o primeiro-ministro.

A+ / A-

O primeiro-ministro destacou esta quarta-feira os gestos de reconciliação e de concórdia nacional promovidos por personalidades como os antigos presidentes da África do Sul, Nelson Mandela, e de Portugal, Mário Soares, acentuando a importância do compromisso em democracia.

António Costa assumiu esta posição no final na sua vista ao Museu do Apartheid, em Joanesburgo, em que esteve acompanhado pelo Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, e pelos seus ministros dos Negócios Estrangeiros, João Gomes Cravinho, e da Defesa, Helena Carreiras.

Interrogado sobre a figura de Nelson Mandela, líder da resistência ao regime sul-africano do Apartheid, o líder do executivo português sustentou que todas as grandes mudanças históricas foram marcadas por momentos de reconciliação".

"Cada um à sua escala, cada um à sua escala, cada um à sua dimensão, mas a seguir ao 25 de Abril de 1974 Mário Soares foi capaz de gestos de grande reconciliação e de concórdia nacional, permitindo que a República de hoje tivesse evitado os erros da I República, designadamente na relação com a Igreja", defendeu o primeiro-ministro.

Para António Costa, "todo o processo democrático tem de assentar na ideia de conciliação, porque a democracia é o regime do compromisso".

"A luta contra o racismo assentava na ideia da unidade essencial do ser humano. Essa ideia da unidade essencial do ser humano inspira também a reconciliação", completou.

Perante os jornalistas, antes de seguir para um almoço com a comunidade portuguesa de Joanesburgo, para assinalar o Dia de Portugal, o chefe do Governo realçou também que "quem está na vida política sabe que a política é feita de bons e maus momentos, de palavras simpáticas e menos simpáticas".

"Mas temos de saber seguir em frente", acrescentou, recusando-se depois a responder a perguntas sobre política nacional.

Costa salienta projetos para preservar a memória da ditadura e luta pela liberdade

O primeiro-ministro salientoutambém que Portugal terá dois novos espaços para preservar a sua memória histórica, o Museu Nacional da Resistência, na Fortaleza de Peniche, e o Centro Interpretativo 25 de Abril em Lisboa.

"É muito importante preservar a memória histórica. Como nos disse o guia da visita, [o ator John Kani] ele próprio uma vítima do Apartheid, é essencial para as novas gerações, para as crianças e jovens saberem o que se passou", acentuou o líder do executivo português, em declarações aos jornalistas, no final de uma visita de uma hora ao Museu do Apartheid.

Tendo ao seu lado os ministros dos Negócios Estrangeiros, João Gomes Cravinho, da Defesa, Helena Carreiras, e o secretário de Estado das Comunidades, Paulo Cafofo, António Costa referiu que, na terça-feira, em Luanda, durante a sua visita oficial a Angola, teve a oportunidade de salientar a participação portuguesa na reabilitação da Fortaleza de São Francisco do Penedo.
"Vai ser o futuro Museu da Luta pela Librtação de Angola. E essa é uma forma de celebrarmos estas lutas de libertação gémeas: a libertação pela democracia e pelo fim do colonialismo", apontou.
Depois, o primeiro-ministro referiu que o futuro Centro Interpretativo 25 de Abril, em Lisboa, é um projeto que terá financiamento por parte do Estado.
"Vamos ceder as instalações que neste momento estão ocupadas pelo Ministério da Administração Interna, na Praça do Comércio. Vai ser um projeto conduzido diretamente pela Associação 25 de Abril. Será um momento marcante do dia 25 de Abril", frisou.
Ainda de acordo com António Costa, para o ano será inaugurado o Museu Nacional da Resistência, que está a ser construído na Fortaleza de Peniche".

"Contará a História da Resistência à ditadura, desde 1926 até ao dia 25 de Abril de 1974", assinalou.

Comentários
Tem 1500 caracteres disponíveis
Todos os campos são de preenchimento obrigatório.

Termos e Condições Todos os comentários são mediados, pelo que a sua publicação pode demorar algum tempo. Os comentários enviados devem cumprir os critérios de publicação estabelecidos pela direcção de Informação da Renascença: não violar os princípios fundamentais dos Direitos do Homem; não ofender o bom nome de terceiros; não conter acusações sobre a vida privada de terceiros; não conter linguagem imprópria. Os comentários que desrespeitarem estes pontos não serão publicados.

Destaques V+