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Famalicão celebra pela primeira vez Antoninas como património imaterial

12 jun, 2023 - 15:53 • Redação

Uma das maiores romarias do norte do país foi inscrita no Inventário Nacional do Património Cultural Imaterial no final de 2022.

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Antoninas de Famalicão. Foto: Câmara de Famalicão
Antoninas de Famalicão. Foto: Câmara de Famalicão
Marchas Antoninas de Famalicão. Foto: DR
Marchas Antoninas de Famalicão. Foto: DR

Não é só em Lisboa que se festeja o Santo António. A norte do país, o município de Vila Nova de Famalicão também celebra o santo desde o século XVII.

As festas desta cidade são popularmente conhecidas como Antoninas e começaram na passada quarta-feira, altura em que o concelho minhoto se enfeitou como manda a tradição. Pela primeira vez, uma das maiores romarias do norte do país está a ser celebrada já como parte integrante do Inventário Nacional do Património Cultural Imaterial (INPCI).

Durante a semana, As Antoninas foram marcadas por diversos concertos, performances artísticas e tradições alusivas a este santo, muitas vezes associado à capital mas que também é celebrado em mais 13 concelhos (Aljustrel, Alvaiázere, Amares, Cascais, Estarreja, Ferreira do Zêzere, Proença-a-Nova, Reguengos de Monsaraz, Vale de Cambra, Vila Nova da Barquinha, Vila Real e Vila Verde e, claro está, Famalicão).

As Antoninas começaram na quarta-feira e terminam já esta terça-feira. As tradicionais marchas realizam-se já hoje. Ao início da tarde, os mais pequenos desfilaram, a abrir caminho para os graúdos, que fazem as honras às 21h15. Ao todo, são oito associações e grupos culturais do concelho que saem à rua este ano nos tradicionais desfiles, a caminho do recinto onde vão atuar e lutar pela vitória.

O tema das coreografias deste ano é "Gentes de Lavoura", numa homenagem à cultura agrícola e aos trabalhadores do campo associadas ao passado do concelho.

Em declarações à Renascença, o presidente da Câmara local, Mário Passos, diz que as Antoninas refletem a “identidade do povo de Vila Nova de Famalicão", uma "população com características próprias" e uma ligação à agricultura, que se foi adaptando ao comércio numa "dimensão económica”, tornando-se numa "locomotiva económica do país".

São esperadas “dezenas de milhares de pessoas" esta segunda-feira, diz Mário Passos, apesar das condições climatéricas serem "sempre uma variável importante. Nos últimos dias, de resto, o concelho recebeu sempre "uma média de 25 a 30 mil pessoas".

As Antoninas são, garante o autarca, importantes para impulsionar a economia local, ajudando a transformar a cidade numa "cidade viva" e "muito humanizada". "Os comerciantes beneficiam desta vivacidade, desta dinâmica", realça.

O presidente da Associação Comercial e Industrial de Vila Nova de Famalicão, Fernando Xavier Ferreira, concorda. Acredita que as comemorações do santo são feitas pelos famalicenses mas também "trazem à cidade pessoas de outros locais" e que isso "cria um impacto muito positivo na economia [local]". Para além do comércio, também os "serviços de hotelaria e de restauração" são positivamente afetados pelas Antoninas, admite Fernando Xavier Ferreira.

No entanto, a festa acabou por ser prejudicada por "dois dias de chuva intensa".

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