Siga-nos no Whatsapp
A+ / A-

Pedrógão Grande. Aberto o Memorial com nome das 115 vítimas mortais dos fogos de 2017

15 jun, 2023 - 16:25 • Lusa

Segundo a IP, o memorial inclui um lago de enquadramento, com cerca de 2.500 metros quadrados de área.

A+ / A-

O Memorial às Vítimas dos Incêndios de 2017 abriu esta quinta-feira, junto à Estrada Nacional 236-1, na zona de Pobrais, Pedrógão Grande, em Leiria, com o nome das 115 vítimas mortais dos fogos naquele ano, revelou a Infraestruturas de Portugal.

Numa informação enviada à agência Lusa, a Infraestruturas de Portugal (IP) explicou que procedeu à abertura do Memorial de Homenagem às Vítimas dos Incêndios Florestais de 2017, um projeto da autoria do arquiteto Souto Moura.

"O memorial inclui um lago de enquadramento, com cerca de 2.500 metros quadrados de área, alimentado por uma gárgula com 60 metros de extensão, sendo bordejado por uma faixa de plantas constituída por nenúfares brancos, lírios e ranúnculos", referiu a empresa.

Segundo a IP, "o memorial inclui também, como peça fundamental, um muro com a inscrição do nome de cada uma das 115 pessoas vitimadas nos incêndios florestais de junho e outubro de 2017".

Os incêndios que deflagraram em 17 de junho de 2017 -- passam seis anos no próximo sábado - em Pedrógão Grande e que alastraram a concelhos vizinhos provocaram a morte de 66 pessoas, além de ferimentos noutras 253, sete das quais graves. Os fogos destruíram cerca de meio milhar de casas e 50 empresas. .

A maioria das vítimas mortais foi encontrada na Estrada Nacional (EN) 236-1, que liga Castanheira de Pera e Figueiró dos Vinhos, junto à qual foi erguido o memorial.

Em outubro do mesmo ano, outros incêndios na região Centro provocaram 49 mortos e cerca de 70 feridos, registando-se ainda a destruição, total ou parcial, de cerca de 1.500 casas e mais de 500 empresas.

"Sendo o memorial uma homenagem às vítimas, às suas famílias e amigos, considera-se que esta é a data adequada para proceder à sua abertura, ficando desde já disponível para a sua fruição por todas e todos", salientou a empresa.

A IP adiantou que, de modo a garantir as condições de fruição do memorial, nomeadamente em termos de segurança rodoviária no acesso ao mesmo e na circulação em plena via", foi construída "uma meia rotunda na EN 236-1 ao quilómetro 7,5, de forma a permitir o movimento de inversão para veículos".

De acordo com a empresa, também foi feito o "alargamento da estrada para integração de uma via de desaceleração e aproximação à zona de inversão de marcha, para além da requalificação do ambiente paisagístico marginal da EN 236-1 junto ao memorial".

Em 2019, numa sessão que se realizou no município de Castanheira de Pera, foi assinado um protocolo entre a Associação de Vítimas do Incêndio de Pedrógão Grande e a Infraestruturas de Portugal para a construção do memorial.

O concurso público foi lançado em 10 de fevereiro de 2021. Orçada em 1.794.761,91 euros, a obra foi iniciada a 13 de setembro do mesmo ano e tinha um prazo de execução de 300 dias, que terminava no dia 10 de junho de 2022.

Em junho do ano passado, a Infraestruturas de Portugal justificou o atraso da conclusão da empreitada com a falta de materiais.

Já em fevereiro último, a empresa esclareceu que as últimas tarefas a realizar, que incluíam plantações e sementeiras, só podiam ser realizadas na primavera, pelo que à data os trabalhos estavam suspensos, indicando-se a conclusão dos trabalhos neste segundo trimestre.

Comentários
Tem 1500 caracteres disponíveis
Todos os campos são de preenchimento obrigatório.

Termos e Condições Todos os comentários são mediados, pelo que a sua publicação pode demorar algum tempo. Os comentários enviados devem cumprir os critérios de publicação estabelecidos pela direcção de Informação da Renascença: não violar os princípios fundamentais dos Direitos do Homem; não ofender o bom nome de terceiros; não conter acusações sobre a vida privada de terceiros; não conter linguagem imprópria. Os comentários que desrespeitarem estes pontos não serão publicados.

  • Manuel Ferraz
    17 jun, 2023 Vila Nova de Gaia 19:39
    Quantos membros do governo estiveram presentes? Já caiu no esquecimento? Os políticos são assim. Pior foi dos que foram. Floresta eles querem lá saber. Ainda por cima lhe dão maoria. Nunca deveria haver maiorias mos governos.

Destaques V+