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Conflito na Ucrânia vai continuar durante 2024 apesar da contraofensiva, diz MNE

16 jun, 2023 - 12:52 • Lusa

João Cravinho reitera que é fundamental continuar a apoiar a Ucrânia.

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O ministro dos Negócios Estrangeiros, João Gomes Cravinho, defendeu esta sexta-feira que os portugueses devem preparar-se para o prolongamento da guerra na Ucrânia até pelo menos 2024, apesar do avanço da contraofensiva contra a invasão da Rússia.

O chefe da diplomacia portuguesa revelou estar a acompanhar diariamente os desenvolvimentos da contraofensiva das tropas ucranianas, mas declarou-se consciente de que esta levará vários meses.

"Eu penso que, infelizmente, temos de nos ir habituando à possibilidade de termos um conflito que entra em 2024 e que ainda esteja connosco durante alguns meses", afirmou aos jornalistas durante uma visita em Reino Unido, onde hoje vai encontrar-se com o homólogo britânico, James Cleverly, em Londres.

Cravinho reiterou que é fundamental continuar a apoiar a Ucrânia.

"Há uma grande unanimidade e vontade de assegurar que, no final, a Rússia tenha uma derrota estratégica. Tudo o que não seja uma derrota estratégica para a Rússia será, infelizmente, uma derrota estratégica para nós e isso não podemos aceitar", vincou.

Cravinho argumentou ainda ser "muito razoável a Rússia aceitar um prolongamento que não seja apenas por dois meses, como tem sido o caso ultimamente" do acordo sobre exportação de cereais.

"A Rússia tem algumas exigências a esse respeito. O atual acordo dos cereais vai até julho, meados de julho, e neste processo estamos a trabalhar com o Secretário-Geral das Nações Unidas e outras instâncias das Nações Unidas e com a Turquia também para criar condições para um prolongamento que seja por um período muito mais alargado", explicou.

O Governo português considera um acordo "fundamental para evitar problemas de segurança alimentar em outras partes do mundo, nomeadamente em África".

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