Siga-nos no Whatsapp
A+ / A-

Junta de Freguesia de Alcântara

Consumo de droga junto ao antigo Casal Ventoso. "Nunca vi uma situação como a de agora"

17 jun, 2023 - 20:07 • Tomás Anjinho Chagas , João Carlos Malta

O presidente da Junta de Freguesia de Ancântara, Davide Amado, está preocupado com o consumo de droga na Avenida de Ceuta. Uma realidade que considera grave e que teve um crescimento significativo desde o final da pandemia.

A+ / A-

O presidente da Junta de Freguesia de Alcântara, Davide Amado, afirma que a situação do consumo de drogas na zona da Avenida de Ceuta, em Lisboa, junto à zona do antigo Casal Ventoso, está a atingir proporções que não têm paralelo nos últimos anos. É visível para todos que ali passam a qualquer hora do dia.

“Nunca vi uma situação como vejo agora, nunca vi”, garante à Renascença o autarca socialista.

Davide Amado descreve que por toda a Avenida de Ceuta, “há dezenas de pessoas a consumirem a céu aberto”. É uma situação diária, que acontece a “qualquer hora”.

“Está à vista de todos que isto está pior”, relata o presidente que está a frente da junta desde 2013.

O mesmo considera que este é um “problema grave”. “Andamos há cerca de um ano alertar as várias entidades públicas e não públicas que tratam desta matéria porque parece nos que tem que haver aqui uma ação efetiva e coordenada de várias entidades para amenizar a situação”, refere.

O presidente da Junta de Freguesia de Alcântara considera que após a pandemia se verificou “um aumento” do consumo de drogas naquela zona da cidade. “São situações questionáveis em termos de saúde para aquelas pessoas”, afirma.

Davide Amado diz que já pediu mais postos móveis à Câmara Municipal de Lisboa para que o consumo não seja na via pública, mas que ainda não recebeu respostas. “Falta efetivar as respostas”, responde.

O autarca quer mais salas de consumo fixas, para que “haja mais resposta para quem precisa”. E pede ainda a aquisição de salas de consumo móveis para haver uma maior assistência.

“Cada carrinha móvel, com custo e manutenção, vale um milhão de euros. Não me parece um valor incomportável”, remata.

Este sábado, o presidente da Comunidade Vida e Paz, diácono Horácio Félix, já tinha alertado para o facto de se estarem a surgir em Lisboa "pequenos Casais Ventosos”.

"Estão a surgir em Lisboa, novamente, pequenos Casais Ventosos", alerta Horácio Félix, acrescentando que "o consumo de drogas está a crescer de forma assustadora”.

“Basta estar atento às notícias para percebermos que as apreensões de droga este ano atingiram números recorde no nosso país”, remata.

Saiba Mais
Comentários
Tem 1500 caracteres disponíveis
Todos os campos são de preenchimento obrigatório.

Termos e Condições Todos os comentários são mediados, pelo que a sua publicação pode demorar algum tempo. Os comentários enviados devem cumprir os critérios de publicação estabelecidos pela direcção de Informação da Renascença: não violar os princípios fundamentais dos Direitos do Homem; não ofender o bom nome de terceiros; não conter acusações sobre a vida privada de terceiros; não conter linguagem imprópria. Os comentários que desrespeitarem estes pontos não serão publicados.

  • Humberto Oliveira
    14 nov, 2023 Peniche 17:11
    Estas substâncias existem, é um facto. Os cidadãos merecem liberdade perante essa matéria. Uns irão usar essa liberdade para dizer "não" e outros para dizer "sim". Num mundo sem preconceitos nem discriminações, ambas partes respeitariam a decisão da outra. Infelizmente, vivemos numa realidade em que vinga o ódio à diferença, seja diferença racial, religiosa ou a simplicidade de se tomar uma decisão diferente na vida. Nunca vi nenhum consumidor querer converter os não-interessados em consumidores, mas o oposto acontece e com recurso a um autoritarismo e violência sem peias nem remorsos. É triste e lamentável. Quem apelida o consumo de "vergonha" não o faz por se interessar pela felicidade dos demais, fá-lo porque se arroga de ser demasiado importante para sequer ter de partilhar o mundo com a presença de "indesejados". Mas tenho novidades: nesta sociedade TODOS temos de saber conviver com os demais, sejam iguais ou diferentes de nós, e ninguém tem de ser convertido em nada à força. É pena que este ódio seja ensinado e promovido, porque deveria ser precisamente o oposto.
  • Humberto Oliveira
    14 nov, 2023 Peniche 00:41
    Preocupados com o quê? Se não vendem nem compram nem consomem então... são perfeitos "outsiders" da situação, e sempre se disse que quem está de fora não estorva os outros. Se um cidadão adulto, livre e capaz de raciocinar por si próprio faz a decisão de usar um bem consumível (que ele administra a si mesmo) devia entrar em vigar o direito à soberania própria, a liberdade de mandar no seu próprio corpo. Portanto, querem fazer o quê? Ganhem vergonha e ao menos calem-se, já que não vos interessa legalizar esse tipo de produtos (pois rendem mais assim). Ai que preocupados que estão com a saúde alheia!! Então porque é que qualquer um se pode matar com venenos como tabaco ou álcool e isso já é legal? Porque o duplo critério? Nem todos são parvos nem cegos, entendem? Isto tem de levar uma volta...

Destaques V+