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Onda de calor. Médicos de Saúde Pública pedem estratégia nacional de proteção dos idosos

22 jun, 2023 - 10:54 • André Rodrigues

Gustavo Tato-Borges defende alargamento do atual Plano Nacional de Saúde Sazonal para dar uma resposta mais eficaz às necessidades da população mais vulnerável em situações climatéricas extremas. Várias regiões do país preparam-se para enfrentar temperaturas acima dos 40 graus.

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A Associação dos Médicos de Saúde Pública defende a conversão do Plano Nacional de Saúde Sazonal numa estratégia nacional para mitigar os efeitos das ondas de calor, sobretudo junto das populações mais vulneráveis, como são os idosos e as pessoas que vivem em zonas mais isoladas.

A proposta é defendida na Renascença por Gustavo Tato-Borges, numa altura em que o país se prepara para enfrentar uma semana de temperaturas elevadas e que, em algumas regiões, poderão mesmo atingir os 42 graus.

“Nós temos já um Plano Nacional de Saúde Sazonal que já contempla algumas medidas, mas é tudo muito teórico, muito voltado para os serviços de saúde”, admite.

O presidente da Associação dos Médicos de Saúde Pública defende, por isso, a criação de “um plano interministerial, dotado financeiramente de meios para poder contratar profissionais para fazer um trabalho de proximidade e para ter, efetivamente, meios no terreno para ajudar as pessoas”.

Para que essa estratégia possa ser operacionalizada, Tato-Borges diz ser prioritária a existência de “locais de abrigo para onde as pessoas que são mais vulneráveis podem deslocar-se e passar o dia mantendo o seu corpo numa temperatura controlada”.

Por outro lado, continua o médico, é necessário intervir ao nível das condições de habitação das populações mais vulneráveis com “apoios para que as habitações sejam mais bem climatizadas e aguentem melhor esta variação de temperatura”.

Já no âmbito social, Gustavo Tato-Borges defende a contratação de “profissionais que possam ir a casa para acompanhar os idosos, para ajudá-los com a chegada de alimentos e de produtos que necessitam no seu dia a dia, além de garantir, também, que o acompanhamento de saúde está mais próximo”.

Neste ponto particular, o dirigente associativo dos médicos de Saúde Pública defende “uma política ao nível dos cuidados de saúde primários e de cuidados hospitalares que possibilitem uma consulta aberta mais disponível para estas pessoas vulneráveis, que precisam de apoio num momento de fragilidade associada às vagas de calor”.

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