27 jun, 2023 - 13:21 • Teresa Paula Costa
O valor mediano dos novos contratos de arrendamento aumentou 9,4% no primeiro trimestre, em comparação com o mesmo período do ano anterior, mas desceu 2,5% em relação ao último trimestre de 2022.
Os dados foram avançados esta terça-feira pelo Instituto Nacional de Estatística (INE).
“No 1º trimestre de 2023, a renda mediana dos 24.300 novos contratos de arrendamento de alojamentos familiares em Portugal atingiu 6,74 euros por metro quadrado”, de acordo com o INE.
Este valor representa um "aumento de 9,4% face ao período homólogo de 2022, embora seja inferior à variação homóloga registada no 4º trimestre de 2022 (+10,6%)".
Relativamente ao trimestre anterior, o último de 2022, "a renda mediana do 1º trimestre de 2023 diminuiu 2,5%", indica o Relatório provisório das estatísticas da habitação ao nível local.
O valor das rendas nos contratos de arrendamento caiu, no primeiro trimestre em comparação com os últimos meses de 2022, nas áreas metropolitanas de Lisboa e Porto e nos Açores, revela o Instituto Nacional de Estatística.
O maior decréscimo da renda mediana foi registado na Região Autónoma dos Açores (-8,0%), seguida das áreas metropolitanas de Lisboa (-1,2%) e do Porto (-4,3%).
A renda mediana aumentou, face ao trimestre anterior, em 13 das 25 sub-regiões NUTS III, destacando-se as sub-regiões Alentejo Litoral e Terras de Trás-os-Montes, com +12,8% e +11,5%, respetivamente.
Quando o termo de comparação é o primeiro trimestre de 2022, "verificou-se um aumento homólogo da renda mediana nos 24 municípios com mais de 100 mil habitantes e em 15 houve uma desaceleração do valor das rendas (9 municípios no trimestre anterior)".
“Destacaram-se, com crescimentos superiores a 15%, o Alentejo Litoral (+25,6%), Beiras e Serra da Estrela (+17,6%), Região de Aveiro (+16,9%), Região de Coimbra (+16,8%), Região de Leiria (+16,7%), Alentejo Central (+16,0%) e Viseu Dão Lafões (+15,9%)”.
Também no primeiro trimestre de 2023, o número de contratos de arrendamento subiu, revela o INE.
“Face ao trimestre anterior, verificou-se um aumento de novos contratos de arrendamento de 7,4%”, indica o relatório.
O número de novos contratos de arrendamento - 24 300 – foi, no entanto, menor que o registado no mesmo trimestre do ano passado - 24 727 – o que representa, segundo o relatório, “uma diminuição da atividade de arrendamento de 1,7%”.