03 jul, 2023 - 08:40 • Olímpia Mairos , com redação
A Associação para a Promoção da Segurança Infantil (APSI) e a Guarda Nacional Republicana (GNR) lançam conjuntamente, e pelo segundo ano consecutivo, a Campanha de Prevenção de Afogamentos.
O objetivo é sensibilizar as pessoas para este problema de saúde pública e dar-lhes a informação certa para que possam proteger as suas crianças. A campanha “A morte por afogamento é silenciosa e rápida” arranca esta segunda-feira e decorre até ao dia 30 de setembro.
Os últimos dados disponíveis dão conta de 14 mortes por afogamento em 2020. No ano seguinte registaram-se 12. Uma subida significativa em relação aos anos anteriores, daí a importância desta campanha.
Em declarações à Renascença, Rosa Afonso explica que a evolução dos números é preocupante.
“Desde 2002 que a APSI vem estudando este fenómeno e é significativamente melhor. Nós estamos a falar de uma diferença de quase 30 mortos em média, por ano, para nos últimos tempos, termos baixado para menos de 10”, diz, realçando que “um [afogamento] já seria uma tragédia, mas é uma evolução que nos parece bastante positiva”.
“No entanto, enquanto, no último triénio de que há dados, ou seja, de 2017, 18 e 19, estávamos com cerca de 7 mortes em média por ano, entre 2020 e 2021 brindaram-nos com números assustadores de 14 e 12 mortos, respetivamente”, alerta.
A responsável de comunicação e relações institucionais APSI, acrescenta que com a chegada das férias é necessário sensibilizar os pais e cuidadores. E deixa alguns exemplos a seguir.
“Desde logo vigilância ativa, próxima e, reforço que o ativo não é estar no telemóvel a fazer scroll, ou a ler um livro, ou o quer que seja”, alerta.
Aconselha-se também que as piscinas não vigiadas, os tanques e os seus acessos estejam “vedados” para atrasar ou impedir o contacto da criança com a água sem a supervisão de um adulto. Segundo a OMS, esta é a medida mais eficaz para prevenir o afogamento de crianças pequenas.
A utilização de equipamentos de flutuação – auxiliares de flutuação por crianças que ainda não sabem nadar bem e coletes salva-vidas nas atividades náuticas – assim como a aprendizagem, por crianças e adultos, de competências aquáticas, nomeadamente, de suporte básico de vida é também fundamental.
À Renascença, a Major Mafalda Almeida, porta-voz da GNR, que colabora com APSI, explica que o objetivo é passar mensagens de segurança aos adultos para erradicar o problema.
“Sensibilizar essencialmente os adultos, os pais, para esta problemática que tem a ver com os afogamentos das crianças, quer seja em mar, piscina, tanques, portanto, qualquer meio aquático e é importante passar estas mensagens de segurança, nomeadamente aos adultos, para que isto deixe de ser uma das causas de morte infantil”, explica.