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Forças de segurança em protesto antes e durante a Jornada Mundial da Juventude

03 jul, 2023 - 15:03 • Ana Fernandes Silva

Elementos da PSP, GNR, ASAE, Polícia Marítima e Guarda Prisional prometem ações de protesto nos aeroportos de Lisboa, Porto e Faro

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"A ideia é que todos fiquem a saber como os polícias são tratados". Quem o diz é o presidente da Comissão Coordenadora Permanente dos Sindicatos e Associações dos Profissionais das Forças e Serviços de Segurança, acerca dos protestos que as forças de segurança vão realizar antes e durante a Jornada Mundial da Juventude (JMJ), em Lisboa.

César Nogueira promete várias ações de protesto de elementos de cinco forças de segurança - PSP, GNR, ASAE, Polícia Marítima e Guarda Prisional - na semana que antecede à JMJ e durante o evento. "Vamos estar em vários locais, nos aeroportos do Porto, Lisboa e Faro, no Porto Marítimo de Lisboa, na Gare do Oriente, e em algumas fronteiras também vamos estar concentrados a distribuir panfletos e a falar com as pessoas, para passar a nossa mensagem, de como somos considerados pelo Governo", explica.

Em causa estão "os vencimentos, os subsistemas de saúde, a falta de efetivos e as condições de trabalho", sublinha César Nogueira.

Em conferência de imprensa ao início da tarde, no Porto, o responsável avisa que os protestos vão ser visiveis a todos, "inclusive Sua Santidade que estará a ser recebido pelo Presidente da República", referindo-se à manifestação que pretendem realizar a 2 de agosto, junto ao Palácio de Belém, numa altura em que Marcelo Rebelo de Sousa deve estar a receber o Papa Francisco.

César Nogueira acusa Marcelo Rebelo de Sousa de muita palavra e pouca ação. "O próprio Presidente que tanto fala das forças de segurança não tem feito junto do Governo aquilo que pretendemos que é influênciar para que, de facto, haja essas reuniões de negociação para que algo aconteça", conclui.

PSP, GNR, ASAE, Polícia Marítima e Guarda Prisional, vão estar em protesto na semana da Jornada Mundial da Juventude e antes, nos dias 24, 25 e 26 de julho.

Também a Associação Sindical dos Profissionais da PSP e o Sindicato Nacional da Polícia tinham já anunciado protestos para o período da JMJ. Em resposta, há cerca de um mês o ministro da Administração Interna, José Luís Carneiro, rejeitou que os protestos prejudiquem a segurança do evento e garantiu "condições de dignidade" para os polícias envolvidos.

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  • EU
    03 jul, 2023 PORTUGAL 16:35
    Já disse aqui por DUAS ou TRÊS vezes que no dia 4 de Março de 1973 na nossa chegada a Luanda, no cimo da escada do avião, disse em voz alta " ACABOU A GUERRA ". Fui mal visto, mas não punido. Dizem as associações sindicais, acima mencionadas que são MALTRATADOS pelo Governo. Vão protestar para serem ouvidos. Afinal qual é a coragem destes Senhores? Se são assim tão mal tratados, porque razão não se manifestam COM ELES. Deixem de os CONDUZIR. Deixem de lhes GUARDAR AS COSTAS? Deixem de LHES abrir caminho nas DESLOCAÇÕES. Aí sim. Aí é que demonstram que querem SER OUVIDOS. O resto é FAIT DIVERS.

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