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Operadoras móveis continuam no top 3 das reclamações dos consumidores

03 jul, 2023 - 09:07 • Olímpia Mairos

De acordo com a Deco Proteste, só nos primeiros seis meses deste ano foram recebidas mais de 43 mil reclamações. MEO, Vodafone e NOS foram alvo de quase 6 mil queixas. As reclamações dos consumidores estão sobretudo relacionadas com falta de transparência na faturação, velocidade da internet e dificuldades com mudança de operadores.

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A Deco Proteste, organização de defesa do consumidor, registou 43. 908 mil reclamações de janeiro a fim de junho de 2023.

Em comunicado enviado à Renascença, a Associação de Defesa do Consumidor dá conta que os bens de consumo, comunicações eletrónicas e serviços financeiros ocupam os primeiros lugares dos piores resultados.

A maioria das reclamações (11. 700, cerca de 25% do total) diz respeito a situações relacionadas com o imobiliário (condomínio e arrendamento), fiscalidade ou a Segurança Social.

Já os bens de consumo registam 8. 112 queixas. Segundo a Deco Proteste, este setor, com um peso de 18% no seu total, apresenta como reclamações principais, questões relacionadas com artigos defeituosos, atrasos na entrega e problemas do exercício do direito ao arrependimento.

O setor das telecomunicações aparece no top 3, com maior número de reclamações. NOS, MEO e Vodafone, entre outros operadores de telecomunicações, totalizaram 5. 850 queixas reportadas. Problemas e falta de transparência na faturação, velocidade da internet e dificuldades sentidas ao querer alterar o operador são as queixas mais apontadas pelos consumidores.

As reclamações recebidas, sobre o setor da aviação, mantêm-se as mesmas: atrasos nos voos, cancelamentos de última hora e perda ou extravio de bagagens, numa lista liderada pela TAP com 871 casos, seguida da Easyjet com 121 ocorrências e a Ryanair com 101, num total de 1. 401 queixas apresentadas.

Em termos de serviços financeiros, que ocupa o 4º lugar nos setores mais reclamados (4.088 contactos), as queixas são na sua maioria pelas dificuldades sentidas na escolha e mudança de crédito, dos valores cobrado em comissões (que agora terminam) e na regularização de sinistros, que os consumidores portugueses mais se queixam. Santander (107 casos), BPI (123 casos) e Novo Banco (91casos) são as entidades mais referenciadas.

O setor das Obras e Serviços registou 3. 547 reclamações e as queixas prende-se com atrasos, falta de qualidade na prestação do serviço, e muito pouca transparência nos valores praticados.

Rita Rodrigues, diretora de Comunicação e Relações Institucionais da Deco Proteste, citada no comunicado, relembra a importância da formalização da reclamação.

“Todos os consumidores portugueses devem exercer o seu direito de queixa ou reclamação, perante o que entenda constituir uma ofensa dos seus direitos legítimos. A plataforma RECLAMAR ajuda todos os cidadãos a exercer este mesmo direito, sobretudo nas situações em que não se sabe como agir”, indica.

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