13 jul, 2023 - 15:35 • Lusa
O ministro das Finanças estimou esta quinta-feira que o processo de privatização da TAP dure "vários meses", tendo já começado com um requisito prévio, e vincou que o foco é o "futuro estratégico" da companhia aérea de bandeira.
"O processo de privatização da TAP irá desenvolver-se ao longo de vários meses. É um processo que terá o seu início formal com a aprovação pelo Conselho de Ministros de um decreto-lei, que definirá o quadro amplo de privatização da TAP e sobre o qual tenho referido -- e o ministro das Infraestruturas também -- que esse decreto-lei dará corpo a uma visão de valorizar o futuro estratégico da companhia", disse Fernando Medina.
Falando aos jornalistas portugueses em Bruxelas, antes de uma reunião dos ministros das Finanças da zona euro, o governante vincou que esta será uma "privatização virada para o crescimento da empresa, para a preservação da companhia, para o crescimento do "hub" de Portugal e Lisboa".
"Sabemos, de forma muito direta, que o nosso crescimento económico depende da qualidade das nossas conexões aéreas", acrescentou.
Quando questionado sobre o calendário, Fernando Medina não especificou, indicando apenas que "o processo já, de certa forma, teve o seu início quando o Governo aprovou já há algumas semanas, há mais de um mês, mandatar o Ministério das Finanças e a Parpública para o início dos processos de avaliação de empresa".
"Esse é um requisito prévio para a aprovação do decreto-lei, depois é aprovado o decreto-lei, depois mais à frente é aprovada uma resolução do Conselho de Ministros com o caderno de encargos e, depois, desenvolve-se um processo de apresentação de propostas, em primeira fase não vinculativas e depois vinculativas", elencou.
Assim, "é um processo que já se iniciou na sua fase que a lei determina que seja prévia, que terá depois um passo que é a aprovação do decreto-lei, que depois se seguirá nos próximos meses", insistiu.
Já questionado sobre o relatório final da comissão de inquérito à TAP, no dia em que é votado o texto preliminar da relatora socialista e as propostas de alteração apresentadas por PS, Chega, PCP e BE, Fernando Medina escusou-se a comentar o conteúdo do documento e as críticas: "Não tenho nenhuma pronúncia a fazer, não sou deputado".
O Governo pretende avançar com o processo de privatização da TAP após a sucessão de vários casos relacionados com a gestão da empresa e que motivaram a constituição desta comissão de inquérito.