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Câmara de Lisboa rejeita acusação de "limpeza" de sem-abrigo antes da JMJ

14 jul, 2023 - 14:49 • Redação

Vídeo divulgado no Instagram mostra funcionários da autarquia a desocupar Avenida Almirante Reis, onde dezenas de pessoas vivem em situação de sem-abrigo há vários meses.

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A Câmara Municipal de Lisboa realizou, esta quarta-feira, na Avenida Almirante Reis, uma operação social de apoio aos sem-abrigo.

Fonte da autarquia rejeita a acusação feita ao município de “limpeza de sem-abrigo” da avenida e explica à Renascença, que esta operação estava integrada no plano de ação municipal de sem-abrigo para enfrentar o problema.

A equipa social do município de Lisboa realiza regularmente visitas aos sem-abrigo com objetivo de higienizar a via pública e encaminhar pessoas nesta situação para serviços sociais, facultando acessos a alimentação, cuidados de saúde, habitação e integração na sociedade.

O município de Lisboa acrescenta que esta ação ocorre semanalmente não só em situações sem-abrigo como também questões de limpeza de grafitis e reorganização do espaço público não tendo qualquer relação com as Jornadas Mundiais da Juventude, acusação a que estão também sujeitos.

O município de Lisboa acrescenta que esta ação ocorre semanalmente não só com pessoas em situação de sem-abrigo, como também para limpeza de grafitis e reorganização do espaço público, rejeitando qualquer relação com a JMJ.

Vários moradores da freguesia de Arroios garantem à Renascença que estas pessoas estão a viver em tendas na Almirante Reis e no Regueirão dos Anjos há vários meses sem intervenções para as retirar desses espaços públicos.

Num outro vídeo partilhado nas redes sociais, várias das pessoas em situação de sem-abrigo a viver na zona denunciam que foram alvo de despejo esta semana por funcionários da Câmara.

A JMJ vai decorrer entre 1 e 6 de agosto e deverá trazer a Portugal cerca de 1,5 milhões de pessoas.

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  • Timbo Caspite
    14 jul, 2023 Lisboa 14:19
    Esta operação de limpeza das ruas de Lisboa mostra mesmo que este governo socialista, em qualquer uma das esferas, unem-se apenas a um ideal: maquiar a realidade ao ponto de toda a gente acreditar que está tudo bem., mas não está! A realidade é bem diferente. A autarquia lisboeta está apenas a transferir um problema que pode, e muito, já ter resolvido a muito tempo. As pessoas em situação de "sem-moradia" , na grande maioria dos casos, não estão ali porque querem, mas por um problema que o socialismo impõe aos menos favorecidos. Ao invés de procurar soluções racionais para este e outros problemas, estão apenas a empurrá-los (à salaraziana) para outro lado: as pessoas e os problemas. É hora (já tardia) de darmos um basta nisto. CHEGA.

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