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Número de transplantes de órgãos aumentou face a 2022

20 jul, 2023 - 05:26 • Lusa

Apesar de um aumento no número de transplantes de órgãos, em Portugal, cerca de 1.800 pessoas aguardam por um transplante renal, num tempo de espera médio a rondar os cinco anos.

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Portugal registou um aumento de 36,4% no número de órgãos transplantados no primeiro semestre do ano, em comparação com o mesmo período do ano passado. Os dados foram conhecidos, esta quinta-feira, dia em que se comemora o Dia Nacional da Doação de Órgãos e da Transplantação

Em comunicado, o Instituto Português do Sangue e da Transplantação (IPST) adiantou que foi assinalado um crescimento de 22% no número de dadores falecidos, com uma taxa de 18 dadores por milhão de habitantes.

Segundo revelam os dados mais recentes, foram realizados 814 transplantes de órgãos no ano passado, mais 15 do que em 2021. Nesse ano, Portugal ocupou o 4.º lugar no ranking mundial da doação de órgãos de dador falecido. Em 2022, os números apontam ainda para o maior número de sempre de pulmões transplantados - 76 órgãos em 39 doentes.

O transplante renal representou 53,2% de todos os órgãos transplantados e é nesta área que se verificam ainda algumas lacunas. Cerca de 1.800 pessoas aguardam em Portugal por um transplante renal, que tem um tempo de espera médio a rondar os cinco anos.

Em declarações à Lusa, a presidente da Sociedade Portuguesa de Transplantação (SPT), Cristina Jorge, diz que só pode ser dador de rim "quem for saudável" e que é necessário "assegurar que a pessoa não tem nenhuma doença que impeça essa doação”, salientando a importância de “minimizar os riscos desta doação para a própria pessoa”, para que não venha a desenvolver, mais tarde, uma insuficiência renal.

Em 2022, o transplante renal representou 53,2% de todos os órgãos transplantados, tendo aumentado em 25 transplantes (5,5%) com “uma significativa expressão do transplante de dador vivo”.

Este ano, a Sociedade Portuguesa de Transplantação (SPT) e o Instituto Português do Sangue e da Transplantação (IPST) dedicam a data ao papel da globalização e da digitalização na doação e transplantação de órgãos, numa iniciativa que vai decorrer no Centro Cultural de Belém, em Lisboa, e onde vai ser debatido igualmente o tráfico de órgãos, a doação em vida e a dádiva cruzada.

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