27 jul, 2023 - 00:41 • Lusa
"Esta biblioteca seria uma casa aberta ao mundo, como só Eduardo Lourenço conseguiu articular os três planos e três escalas portuguesa, europeia e mundial", lê-se na proposta apresentada pelo vereador do Livre, Rui Tavares, que foi subscrita pelo presidente da Câmara de Lisboa, Carlos Moedas (PSD).
Discutida na reunião pública da câmara, a proposta foi também subscrita pelo vereador da Cultura, Diogo Moura (CDS-PP), bem como pelos vereadores do PS e do Cidadãos Por Lisboa (eleitos pela coligação PS/Livre).
"Portugal não tem uma grande biblioteca pública de dimensão europeia e internacional, que, por exemplo, esteja aberta a toda a gente a todas as horas, prestando o serviço público que uma grande biblioteca pública hoje deve desempenhar", refere a proposta, indicando que, no ano em que se assinala o centenário do nascimento de Eduardo Lourenço, em 23 de maio de 1923, "não haveria designação mais adequada para esse espaço que o de 'Biblioteca Eduardo Lourenço'".
A ideia desta biblioteca em homenagem a Eduardo Lourenço foi tornada pública em dezembro de 2020, subscrita por Rui Tavares, fundador do partido Livre, João Constâncio, diretor do Instituto de Filosofia da Universidade Nova de Lisboa, e Carlos Moedas, então administrador da Fundação Calouste Gulbenkian e atual presidente da Câmara Municipal de Lisboa.
Na proposta aprovada, a Câmara de Lisboa compromete-se a "apoiar publicamente" esta ideia e a "realizar os contactos necessários e adequados junto do Governo e de outras instituições, tendo em vista delinear o projeto desta biblioteca e o seu possível cofinanciamento pela União Europeia".
Professor, filósofo, escritor, crítico literário, ensaísta e interventor cívico, Eduardo Lourenço nasceu em São Pedro de Rio Seco, concelho de Almeida, distrito da Guarda, em 23 de maio de 1923, e morreu em Lisboa, no dia 01 de dezembro de 2020.