04 ago, 2023 - 16:17 • Redação
Sem grande entusiasmo. 18 dias depois, a Câmara Municipal do Porto reabre as portas do Centro Comercial STOP, tendo exigido a assinatura de um termo de responsabilidade por parte da administração do condomínio. Quase sem músicos, a reabertura foi tímida e o sentimento dos poucos artistas presentes, difícil de explicar. É o caso de João Pedro, membro de uma pequena banda instalada no espaço.
"É temporário, por isso é mau. E não é uma questão de concordar ou não. Foi-nos imposto. Não temos grande maneira de concordar ou discordar", lamenta enquanto fala com a Renascença e come um pequeno lanche, sentado nas escadas do centro comercial.
O Presidente do Alma STOP, associação que representa vários artistas instalados no centro comercial, insiste que os músicos do STOP não estavam a correr perigo. Bruno Costa discorda da opção da Câmara Municipal do Porto ao encerrar o espaço.
"Não concordo que estivéssemos a correr perigo. É claro que há melhorias que poderiam e deveriam ser feitas ao edifício, não há nenhum músico que discorde disso... Mas não ao ponto de não podermos continuar a trabalhar aqui. Não é esse ponto", adverte.
Bruno Costa acrescenta que os argumentos da autarquia para o encerramento se baseiam em problemas que o condomínio resolveu.
"Esse relatório, se não estou em erro, foi redigido com base numa inspeção em dezembro de 2022 e foram tomadas medidas por parte da administração do condomínio para colmatar esses problemas", remata.
O centro comercial STOP reabriu esta sexta-feira temporariamente com o reforço das medidas de segurança contra incêndios, enquanto a autarquia reabilita a Escola Secundária Pires de Lima, que os músicos rejeitam.