07 ago, 2023 - 15:57 • Lusa
O ministro da Administração Interna sublinhou esta segunda-feira que a coordenação entre as forças de segurança foi fundamental para garantir o sucesso da Jornada Mundial da Juventude, que terminou no domingo, em Lisboa.
Na conferência de imprensa no âmbito da operação de segurança da Jornada Mundial da Juventude (JMJ), José Luís Carneiro deixou uma palavra de agradecimento às forças e serviços de segurança, "porque foram capazes de mostrar que a cooperação é um valor fundamental para garantir níveis elevados de segurança".
Essa cooperação "permitiu que 14 planos autónomos se subsumissem num planeamento estratégico em sede do sistema de segurança interna", acrescentou o ministro, destacando também a colaboração entre os diferentes níveis de responsabilidade do Estado.
Recordando as palavras do Papa Francisco, que, no domingo, elogiou a organização da JMJ, dizendo que foi a "mais bem preparada", José Luís Carneiro insistiu que "em muito contribuiu o modo como as nossas forças e serviços de segurança se organizaram" para aquele que considerou ser "o maior evento de sempre realizado em termos de coordenação, planeamento, implementação e monitorização de segurança no nosso país".
Além da "boa cooperação entre as forças e serviços de segurança portugueses", o ministro destacou também o relacionamento com as polícias europeias e o voluntariado que esteve presente na JMJ, como foi o caso dos bombeiros voluntários.
José Luís Carneiro deu igualmente conta do trabalho que foi feito, durante a JMJ, por aqueles que "não estão na linha da frente da segurança, mas estão na retaguarda e são essenciais", como é o caso da rede SIRESP e Rede Nacional de Segurança Interna.
Segundo o ministro, a rede SIRESP recebeu, entre 1 e 6 agosto, 6,4 milhões de chamadas promovidas por mais de 180 entidades.
"Os atrasos máximos nas chamadas do quadro dos principais eventos da JMJ foi de oito segundos em relação às chamadas que mais tempo demoraram a entrar no sistema. Mesmo aqueles que tiveram a ver com a pressão dos incêndios, por altura da própria jornada, demoraram 39 segundos a entrar no sistema", disse ainda.
A JMJ, o maior evento da Igreja Católica, realizou-se pela primeira vez em Portugal entre terça-feira e domingo, juntando um milhão e meio de peregrinos no Parque Tejo no sábado e no domingo.
Esta foi a quarta JMJ presidida por Francisco. A primeira, em 2013, foi no Rio de Janeiro (Brasil), no ano que foi eleito Papa. Seguiu-se Cracóvia (Polónia), em 2016, e Cidade do Panamá (Panamá), em 2019.