07 ago, 2023 - 16:54 • Cristina Nascimento com Lusa
Foram registados 149 crimes na Jornada Mundial da Juventude (JMJ), a maioria deles autoria de carteiristas, indicou a PSP em jeito de balanço da operação de segurança do evento.
“Já sabíamos que isso ia acontecer. Esta grande massa de gente atrai os amigos do alheio, nomeadamente os carteiristas, era expectável”, disse Manuel Magina da Silva, dando conta que esteve em Lisboa uma equipa com nove elementos da Europol orientado exclusivamente para o furto por carteiristas, que ajudou a identificar os carteiristas estrangeiros.
Dos 149 crimes registados, 129 foram de furto por carteiristas, tendo ainda sido registados quatro crimes contra a integridade física simples, quatro contra a vida em sociedade, oito relacionadas com o consumo ou tráfico de droga e quatro contra a segurança nas comunicações.
“Não ocorreram quaisquer ofensas corporais graves a qualquer peregrino, não ocorreu a morte de qualquer peregrino resultante da ação criminosa”, salientou.
Ao falar dos “bruxedos dos autocarros”, Magina da Silva disse que a polícia estava receosa sobre o impacto que podia ter na cidade de Lisboa o número de autocarros, mas “foi uma agradável surpresa porque não tiveram qualquer impacto”.
Para a JMJ, a PSP montou o maior dispositivo de sempre, a que Magina da Silva chamou “histórico”, frisando que estiveram em Lisboa 437 viaturas policiais e, entre 01 e 06 de agosto, estiveram envolvidos diariamente, cerca de 3.000 polícias por cada um de quatro turnos, o que totaliza cerca de 12.000.
Na conferência de imprensa, o presidente do INEM, Luís Meira deu conta que foram assistidos um total de 4.600 peregrinos, 4.312 dos quais em Lisboa e 300 no resto do país, tendo sido a maioria das situações resolvida no local dos eventos.
“Muitos hospitais reportaram-nos que não sentiram a Jornada, porque a maioria das situações foi resolvida fora dos hospitais”, indicou Luís Meira, que referiu que apenas 3,5% das situações de emergência foram encaminhadas para os hospitais.
Em representação do Centro Nacional da Cibersegurança, Júlio César, indicou que durante a JMJ registaram-se incidentes, mas todos foram “possíveis de identificar e foram prontamente mitigados.
Segundo Júlio César, os incidentes estiveram relacionados com tentativas de acessos a servidores da organização e outras entidades.